quarta-feira, julho 28

Golpe de Mestre!


Na apresentação do programa de Governo no Assembleia da Republica, Bagão Felix surpreendeu tudo e todos ao mostrar que sabia fazer as contas necessárias para chegar aos valores que apresentava. Por um lado mostrou que ao contrario dos socialistas, sabe fazer continhas e bem complicadas, com percentagens, divisões duplas e multiplicações com várias incógnitas...tudo muito bem se não fosse Portugal o país "desenvolvido" com maior taxa de insucesso na disciplina de Matemática!...cum caneco! Por mim fiquei na mesma, não percebo peva de matemática. Tanto pode ser certo o que disse como pode ser uma grande charlatanisse...O Santana, já o sabemos, é eximio na arte de falar muito e não dizer nada, logo não me surpreenderia que Félix tenha feito muitas operações e contas nenhumas; por outro lado, toda a gente sabe que a matemática já não é a ciencia tão certa que foi apregoada durante muito tempo...p. ex. consegue-se "provar" matemáticamente que 2+2=5...como? também não sei, perguntem ao Bagão!

Quem conta acrescenta um ponto




Camaradas graniticos, após várias vicissitudes lá consegui introduzir o contador no nosso espaço. Sempre que quiserem ver as movimentações do universo granitico é só clicarem no botão "sitemeter". Pena não ter vindo mais cedo, nomeadamente durante a I Guerra Granitica...a contagem é feita a partir de hoje. Abraços e vejam lá se começam a escrever, nem que seja naquele tempinho entre a praia, a queca e o duche...
 
P.S.:As imagens é para por o contador a funcionar...hehehe (fotografias de dois curriculos para a C.M.F.)

segunda-feira, julho 26

Alucinação [Cale]tiva


Os grandes gurus sempre viveram obcecados pelo deserto...diz quem lá vai que nos encontramos, que renascemos...a semana ficou marcada pela chegada das areias do Sahara, mas as suas poeiras escaldantes trouxeram mais que o abrasante calor, trouxeram algo de estranho, de hipnótico, algo que transfigurou esta cidadela da beira interior. O extâse tomou as ruas, a folia do improviso cercou a cidade e a população fez suas as suas ruas...a música fundiu-se com o calor e a alegria com o desejo de ver, dançar, viver! Entre jams, mergulhos e (muita) cerveja, sentiu-se algo há muito esquecido: o orgulho, o orgulho de ser de cá, de estar cá...provou-se que o poder só tem de acender o rastilho, que já temos pólvora que chegue! Deu-nos o mote e fizemos a festa e a cultura. Podia ter sido melhor, podia ter sido mais barato, podiam ter vindo outros espéctaculos, mas o que fica é a animação, a vida que possuiu o Fundão, as suas ruas e as suas gentes. Para o ano (e se o Sahara ajudar...) há mais!

sexta-feira, julho 23

Palavras soltas no Fundão com Carlos Paredes no pensamento

Aprendi nos sons
da sua guitarra a partilhar
o coração com os pássaros

Trago o seu nome
na bagagem das errâncias.

O meu país
são esses sons tão belos
que cintilam 
para sempre
nos lábios do vento

A guitarra do poeta
a vibrar em cada estrela,
em todos os silêncios do mundo! 


terça-feira, julho 20

Exmo Universo Granítico

Depois de algum tempo afastado da pedreira e de uma última incursão marcada já pelo "berro" das janelas de comentários e pelo põe e tira de textos estranhos e perniciosos, que aliás nunca cheguei a ler, necessitei de deslocar-me ao Fundão "himself", para conseguir finalmente compreender, à mesa do café, o que realmente se passou e quais os verdadeiros intervenientes da paródia.
Não posso deixar passar em claro que toda esta situação me desagradou profundamente, a forma leviana como se publicaram e despublicaram textos e comentários, os convites feitos à revelia de alguns dos participantes e tudo o que foi acontecendo nos bastidores, levaram-me a questionar a continuação de uma participação que tantos momentos de prazer me tem proporcionado.
Como tal, quero em primeiro lugar, pedir desculpas aos leitores da folha pelas confusões que se geraram e pela forma quase pueril como foram tratadas.
Quero ainda pedir aos srs. administradores da folha que se contenham na edição do material recebido, seja ele de que forma ou teor for, correndo o risco de desacreditação da página pelo risco constante de sonegação de opiniões.
Por último, aos camaradas pedreiros, que se mantenham firmes nas suas convicções e que acima de tudo, nunca se calem!
Aproveito ainda a ocasião e a maré renascentista para comunicar o desaparecimento do sempre camarada Percivale e anunciar o nascimento de um novo colaborador, Floriano Peixoto, do qual poderemos esperar tudo, menos a aceitação da realidade.

Ass. Percivale morto

sábado, julho 17

Uma pedrada visual

Há pedradas de vários géneros, e para contrastar com o carácter verborreico de algumas blogadelas que têm caído no charco ultimamente, decidi mandar uma pedrada visual (a pedra é de granito, mas do férreo). Os que não gostarem, não desesperem: ao contrário do granito, os sites web têm a propriedade da rápida transformação.

PS . - Há agora um novo sistema de comentários. Os comentários antigos, lamentavelmente, deixarão de ficar disponíveis. Encare-se isso como um mal menor, já que o sistema de comentários anterior, para além de pouco fiável, tinha "berrado"...

Deram um TAPa na TAP

Confesso que não sou propriamente especialista em questões de aviação comercial e muito menos nos meandros da sua gestão. O que eu sei é que, desde que me lembro de ouvir falar da nossa transportadora aéra, as únicas notícias eram as que davam conta do passivo crónico e galopante, das constantes greves e contestações dos trabalhadores, enfim de um caos em termos de gestão. Até à entrada em cena de um senhor brasileiro para o cargo de administrador-delegado: em quatro ou cinco anos Fernando Pinto e a sua equipa inverteram o panorama da TAP, foram gradualmente reduzindo o passivo, delinearam estratégias e apostaram em sectores lucrativos para a empresa, reavaliaram os destinos e escolheram outras parcerias (já toda a gente se ia esqucendo da infeliz negociata com a Swiss Air). Mas a mais louvável conquista desta administração foi ter conseguido sentar à mesma mesa os vários sindicatos dos diversos sectores da TAP, e ter conseguido que (todos) os trabalhadores partilhassem de uma mesma vontade de recuperação da empresa de que faziam parte.
Agora Fernando Pinto está de saída. E, por muito que o negue, são inegáveis as incompatibilidades com o presidente da transportadora, Cardoso e Cunha. Não conheço o conteúdo dessas querelas mas questiono-me porque é que se deixa sair assim uma pessoa que mostrou uma enorme competência, dedicação e espírito de missão. Porque é que não se questiona antes a posição do senhor barão Cunha? Será porque é um cargo de nomeação política? E numa altura em que a contenção financeira é a palavra de ordem, como é que se continuam a permitir verdadeiros crimes com dinheiros públicos (alguém foi responsabilizado pela verdadeira orgia despesista na construção da Ponte Europa, em Coimbra?) e não há qualquer esforço para recompensar a competência?

sexta-feira, julho 16

Sexo é definitivamente o melhor remédio

O melhor comentário sobre as guerras de alecrim e manjerona para lá da Gardunha –
 
 
Parecem crianças !
 
 
 
 
E agora para algo completamente diferente....
 
And now for something completely diferent …
 
 
Um Pablo Neruda para pensar
 
 
" Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova e não fala com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro ao invés do branco e os pingos nos iis a um redemoinho de emoções, exactamente o que resgata o brilho nos olhos, o sorriso nos lábios e coração aos tropeços. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho. Morre lentamente quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, ouvir conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte, ou da chuva incessante. Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, nunca pergunta sobre um assunto que desconhece e nem responde quando lhe perguntam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em suaves porções, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples ar que respiramos. Somente com infinita paciência conseguiremos a verdadeira felicidade."
 
 Pensem no assunto .... e fodam mais!

quinta-feira, julho 15

As chamas

E o país continua a arder!! Passou um ano e tudo continua na mesma: o fogo digere o verde regurgitando-o depois a negro. Mas que fizeram as autoridades competentes durante um ano inteiro, depois da devastação de 2003?!? Que políticas mudaram? Que medidas foram tomadas? Que meios foram reforçados? Que causas (e formas de as combater) foram estudadas? Que levantamentos foram efectuados? Mas qual é a política deste país para a floresta, afinal? Exijo respostas!! Não suporto mais percorrer as serras e ver extensos mantos de cinzas e madeira queimada no horizonte. Se alguma coisa deve arder, que sejam as consciências!

A dúvida austríaca

No blog Através dos Espelhos, um comentário a um post reza assim:
Um colega meu austríaco comentou comigo que lhe agrada particularmente o nosso sistema eleitoral:
"Nas eleições Europeias vocês avaliam a performance do Governo, nas legislativas escolhem o Presidente da Comissão Europeia e nas Autárquicas o Primeiro Ministro. Só ainda não percebi para que servem as vossas eleições Presidenciais."

Nos tempos que correm acho que nem nós portugueses percebemos...

Andança

Uma manhã acordei sem vontade de argumentar. Fiquei especado a olhar o jardim. Perdido no tempo, tempo que nem fui eu que o inventei. Não me importava de ouvir os desabafos dos que por ali passavam. Umas vezes fazia de conta. Eles só queriam falar sem ouvir e faziam-no em voz alta. Eu divertia-me um pouco com tudo isto. Outras vezes entusiasmava-me absurdamente com o silêncio. Lentamente, comecei a reparar em todos os que vagueavam pela cidade: os que bebiam cerveja no bar ao pé da paragem de autocarro, os que perdiam uma tarde inteira para conseguirem comprar um pacote de batatas fritas, ou os que simplesmente andavam. Histórias tenebrosas, assustadoramente alegóricas. Tudo o que fizesse não me tornaria mais ou menos livre porque a liberdade acontece quando chegamos a amar a vida.

Mesmo que por pouco tempo, decidi-me a andar pela cidade porque sabia que era possível criar e descobrir algo que me contrariasse a espera absoluta do tempo, da morte. Não sei se estarei a ser perseguido pela polícia. Ando quase sempre pelas sombras e escondo-me furtivamente em locais abandonados, onde outros vão andando como eu.

Há já quem fale de uma estátua que parecia mármore, perdida num jardim. Essa estátua era guardada por aqueles que sabiam a sua verdade – uma estátua cujo corpo era habitado por uma alma, com vida própria. É certo que os homens costumam guiar-se por ficções, quimeras que tentam dar sentido à nossa frágil existência. Ficção ou verdade ignorada, levantei-me um dia e saí de casa. Eu, estátua de mármore, sempre em espera. Vou andando e agora sinto-me livre, absolutamente invencível.




quarta-feira, julho 14

Diamantino Gonçalves: A secreta vida das imagens





« O autor é o criador de um símbolo heróico:a sua própria vida. »

Herberto Helder


Mais do que um simples documento, a fotografia pode também ser entendida como uma forma de linguagem que nos remete sempre para uma determinada existência. Sendo uma abordagem do real, a fotografia pode mediar a relação do homem com o mundo, alterando a percepção do tempo e do espaço. Não querendo propriamente revelar o mundo mas antes os meios necessários para o descobrirmos, a fotografia acaba por ser esse acto de linguagem que deriva da necessidade de representação do sujeito e do mundo. No entanto, se, por um lado, somos obrigados a reconhecer a sua capacidade de representação, face à presença incontornável das imagens, por outro, a fotografia é também uma construção individual e subjectiva. É através desse “olhar limpo tudo / o que não vai morrer / connosco” (João Miguel Fernandes Jorge, 63) que o fotógrafo reconhece e, simultaneamente fixa as coisas. O mundo de Diamantino Gonçalves é indissociável de um plano afectivo e olhar para as coisas é também nelas reconhecer determinados sinais, memórias do que permanece e ainda resiste à mudança.Em boa hora a Câmara Municipal do Fundão se lembrou de fazer um levantamento sobre as chaminés que povoam a cidade do Fundão através do seu GTL. A exposição chama-se Fumos e vais estar patente no Casino Fundanense a partir de dia 19 de julho, inserida no Festival Cale.
Ao convidar Diamantino Gonçalves para captar com a sua ojectiva tão importante património arquitectónico de uma cidade, a Câmara reconhece o grande criador que é Diamantino ( já aqui várias vezes sublinhado no granito)e como a fotografia poderá ser um ponto de partida, algo que desencadeia outra coisa e se torna pretexto para inventar.


terça-feira, julho 13

Auto da Prepotência ou A ascensão do Yes Man - Fragmentos. Ouainda; O Poder em Buganville, ascensão e queda de um ditador

Era uma segunda feira de manhã.
O encontro para as 10 obrigou a acordar cedo.
Bem cedo, havia ainda três horas de viagem pela frente.
Os motores em pausa ronronavam no parque de estacionamento.
Por fim, todos apareceram à hora marcada e encetaram a viagem.
Ninguém os esperava.
O encontro das 10 foi-se adiando até ao meio dia e, entretanto, foram chegando alguns dos participantes.
O omnipotente político era aguardado com ansiedade.
A notícia da chegada dos doutores correu veloz.
Por fim, o senhor, o supremo, chegava.
Desculpou-se com assuntos que não podiam esperar e vinha já almoçado.
Alguns lacaios encetaram corridas apressadas, alguns levavam blocos, máquinas de medir, as chaves dos potentes TTs a encher-lhes os bolsos.
A mesa da sala principal era pequena para tantos especialistas em tanta coisa.
O senhor, o omnipotente, sentou-se e sugeriu que se jogasse o jogo das cadeiras de modo a decidir quem se sentava.
Soou o corridinho alentejano e todos começaram a dançar à volta da mesa enquanto o político extasiado batia as palmas.
No momento em que parou, todos se sentaram com avidez.
Faltavam duas cadeiras para que todos se sentassem.
Três ficaram sem lugar.
Uma das cadeiras era do tipo realizador, mas sem pano no lugar do assento, pelo que ninguém lá se sentou.
Tinha escrito nas costas: A Cadeira da Legitimidade.
Fora da dança ficavam então três dos participantes.
O povo, que aceitou o facto com humildade e abandonou a sala; o conselheiro da sensatez, que se suicidou imediatamente atirando-se da janela; e o yes-man, que imediatamente se sentou ao colo de uma técnica estética, bem bonita e influente, por sinal.
O grão-mestre ordenou então a um lacaio que atirasse a cadeira ínútil pela janela, por falta de quem a usasse, assim fez.
Iniciem-se os trabalhos, o anotador ìa escrevendo à medida que os oradores discorriam as suas razões...

Pablo Neruda: O militante da palavra



" Deixa que o vento corra, coroado de espuma, que me chame e me busque galopando na sombra, enquanto eu, mergulhado nos teus imensos olhos, nesta noite imensa, descansarei, meu amor..."



O nome de Neruda ficará para sempre como uma das vozes da América Latina que mais tem lutado nos últimos anos para se fazer escutar. Poeta do amor e militante comprometido com o seu país, o poeta chileno que escreveu «A minha luta é dura e regresso / com os olhos cansados / às vezes por ver / que a terra não muda» nasceu há exactamente 100 anos, a 12 de Julho de 1904 em Parral, no Chile. Se em 1971 foi laureado com o Prémio Nobel, a sua conquista da imortalidade justificou-se também pelo serviço ao governo chileno como cônsul em várias cidades do Mundo, de Singapura a Madrid, chegando a ser eleito senador, a ser obrigado a viver escondido no próprio país e a exilar-se por vários anos pelo facto de se ter oposto à política seguida pelo presidente González Videla.
Homem de convicções, a sua voz foi uma das que mais lutou para se fazer escutar. Quando há uns anos lhe perguntaram em entrevista «O que é angústia?», Pablo apenas respondeu «Sou feliz», talvez porque o importante é sentir, viver, amar, conhecer a solidão, mas também a sensualidade, experimentar a natureza e o contacto com os outros. “Político, poético, físico” é a trilogia para o que considerava ser o ser humano o mais complexo possível. Poeta do imaginário, Neruda era sobretudo um pensador e um cidadão, e será sempre um dos maiores artesãos da linguagem do século XX:

“Tudo o que você quiser, sim senhor, mas são as palavras que cantam, que sobem e descem... Prosterno-me diante delas... Amo-as, abraço-as, persigo-as, mordo-as, derreto-as... Amo tanto as palavras...” (in Confesso que vivi – Memórias, 2ª ed., 1979)

sexta-feira, julho 9

Aviso à navegação

Ana Gomes com o brilhantismo que lhe é habitual já avisou : uma maioria, um governo, um presidente.
O sonho de Sá Carneiro está cumprido.

Assassinato em Belém

Com esta decisão Jorge Sampaio matou politicamente Ferro Rodrigues e o próprio cargo de presidente da república. A partir deste dia Jorge Sampaio é responsável pela continuidade da política de direita em Portugal. É responsável pelos ataques aos direitos dos trabalhadores. É responsável por todas as privatizações realizadas em Portugal, na saúde, nas águas, na educação. É responsável por uma política internacional de apoio a tomadas de posição unilaterais e à revelia das Nações Unidas. É responsável pelo desaparecimento de uma classe média, os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Em belém está um merdas que envergonha toda a esquerda portuguesa.

quinta-feira, julho 8

A Viagem de Sophia

Aos 84 anos, no dia 2 de Julho de 2004, Sophia de Mello Breyner Andresen deixou-nos sozinhos neste paraíso triste. Normal será faltarem-nos as palavras para homenagearmos uma das maiores poetas contemporâneas portuguesas, prémio Camões de Literatura em 1999.
Hoje, depois da sua morte, pensar em Sophia será sempre ver o mar, muito azul. E é à beira desse mar que os seus versos nos ensinam a viver a poesia, essa respiração primordial de quem ama deslumbradamente o mar e o próprio mistério de haver coisas. É acima de tudo a claridade, o fascínio do real, a inteireza cívica e humana que Sophia nos deixa, comprometendo-se e comprometendo-nos com a beleza do mundo.
A sua obra basta ser apresentada como «Poesia», tal como ela chamou ao seu primeiro livro em 1944. Porque cada palavra serve em primeiro lugar para nomear as coisas, "o mundo deste mundo dito por ele próprio".

'Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.

Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.

Será o mesmo brilho a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta.
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.'
(in Dia do Mar)

E é como se cada palavra, com toda a sua intensidade e rigor em nós se inscrevesse e Sophia apenas se tivesse ausentado dessa "casa branca em frente ao mar enorme". Porque essa é a capacidade máxima de um poeta: fazer-nos ver o mundo como se fosse pela primeira vez.




terça-feira, julho 6

Última Hora - É o fim da tomatada



Pedro Santana Lopes, indigitado primeiro-ministro de Portugal, tem já a sua equipa ministerial pronta e enviou por pombo-correio a formação do onze inicial, para aprovação do “manager” Sampaio. Assim e como se previa, o novo “coach” do team de São Bento vai fazer uma revolução sem paralelos na equipa das quinadas, só comparável há que Scolari fez após o primeiro desaire com a Grécia.
À limpeza de balneário apenas sobrevivem três ministros da confiança de Santana – o serrano Arnaut, Mogais Sagmento e Carmona Rodrigues.
Ferreira Leite já assinou com uma equipa do Qatar e os restantes ministros têm já os seus “empresários” políticos a tentar arranjar nova colocação numa das muitas equipas-satélites do Governo, a que vulgarmente chamamos empresas públicas.
Na lista das aquisições o principal destaque vai para alguns nomes sonantes do futebol e das autarquias que chegam assim à super-liga após a milionária transferência de Durão Barroso para os “galácticos” da Comissão.
Na lista dos prováveis titulares surgem nomes como Luis Filipe Menenses, João Loureiro e Manuel Frexes. Três pedras basilares para Santana construir uma sólida defesa, que Santana bem vai precisar nos próximos dois anos.
Menenses será titular das Obras Públicas e ficará encarregue de untar a mão estendida dos autarcas famintos. João Loureiro vai acumular as pastas do Desporto e da Justiça, tendo a seu cargo dossiers tão dificeis como “o pós Euro 2004 – O que fazer aos estádios às moscas e ao excesso de auto-estima”, ou o “Apito Dourado – como silenciá-lo”.
Mas a grande aposta no centro da defesa vai para o jogador-revelação das últimas autárquicas que colocou o Fundão no centro do mapa (seguindo a escola que Santana fez na Figueira) e pôs meio país a cuspir caroços de cereja à porta dos estádios.
Num país em que a cuspidela é o terceiro desporto mais popular a seguir ao futebol e a coçar os tomates. A aposta na cuspidela é claramente uma manobra eleitoralista que trará grandes dividendos ao “consulado” santanista. Frexes vai assumir a pasta da Defesa e das Telecomunicações. A primeira, porque a sua experiência de comando incontestado à frente da autarquia fundanense lhe mereceu o epíteto do “Sargento” nos corredores da edilidade, e por isso saberá lidar bem com os problemas de caserna.
O facto de ser também uma autoridade reverenciada em submarinos confere-lhe o melhor perfil para gerir o dossier da compra dos submarinos, bem como a distribuição para os cofres do partido de eventuais dividendos com o negócio multimilionário. Recorde-se que Frexes foi também o responsável pela maior ofensiva com submarinos-políticos de que há memória na história autárquica portuguesa. A CM do Fundão e as empresas dela dependentes estão infestadas de submarinos-políticos que com discrição e secretismo formam a guarda-pretoriana do regime Absoluto.
Para a pasta das Telecomunicações, Frexes mostra também corresponder à job-description – Primeiro, porque é antigo administrador da PT, mantendo excelentes ligações à casa-mãe, que recorde-se, é a principal accionista do semanário “Jornal do Fundão”, em segundo lugar porque Frexes tem também muita experiência nas comunicações móveis, já que é através delas que costuma gerir os assuntos da autarquia a partir de sua casa em Lisboa.
A transferência de Frexes para a “major league” da politiquice abriu já uma crise sucessória na CM do Fundão, decorrendo neste preciso momento intensas conspirações na esplanada da Nela, na Tasca da Estação e no Centro Comercial Acrópole, para avançar com candidaturas ao lugar vago, que como se sabe, é sempre o mais apetecível na baixa política fundanense.
Segundo fontes da Concelhia do PSD, o número dois do partido merece natural consenso, replicando assim o processo de sucessão no Governo, com a indigitação directa de Santana. Mas, pode haver no entanto uma surpresa, caso se confirme a suspeita que um destacado dirigente autárquico terá dito que a nomeação do número dois para presidente da câmara, constituiria um autêntico “golpe de estado”.
Este promissor e notável dirigente pode estar mesmo a pensar avançar ele próprio para uma candidatura, contando com o apoio expresso dos produtores de cereja da Cova da Beira, da Adega Cooperativa do Fundão e de Jerónimo e os Cro Magnon, que já lhe prometeram idealizar o hino de campanha.
Sabemos que esta candidatura guarda um trunfo precioso para esgrimir na reunião da concelhia – uma campanha acariciando os tomates do Fundão e o seu elevado valor nutritivo. “Pretendemos fazer dos tomates do Fundão uma imagem de marca, criar uma apetência. Estamos em negociações para fazer cá uma tomatada como aquela que se faz em Espanha e queremos que o Fundão seja a capital nacional do tomate. Já temos agência e já temos slogans”, explicou um técnico da autarquia, próximo do putativo candidato.
Os outdoors estão prontos para inundar o país e as frases são apelativas: “Fundão, uma terra com tomates.” “Têmo-los no sítio.” “Tomate do Fundão é o que faz falta à selecção”. Na campanha para a promoção das potencialidade turisticas do Fundão, a frase será “Venha coçá-los ao Fundão.”, apelando assim ao segundo desporto mais popular em Portugal e aquele que mais largamente é praticado nos corredores da autarquia fundanense.

E depois do adeus ...


Quarto com vista sobre o País - english spoken!



Notas do Euro

Há muitos anos fui ver um empolgante “derby” regional com o meu avô Manel. No pelado da Atalaia do Campo, a equipa local recebia os encarniçados felpudos dos Escalos de Cima. A meio do segundo tempo os Escalos marcaram um golo contra-maré. O centro-campista Camolas, antiga glória do Benfica já a gozar os doces sabores da reforma aos 40 anos e que pesava perto de 120 quilos, rematou do meio da rua e fez golo, para delírio da claque dos Escalos. Nisto, um velho de bóina a preceito salta para o pelado e corre a abraçar-se ao obeso Camolas. Acenava uma nota de 500 escudos (que na altura era dinheiro) e deu-a ali ao Camolas que ria a bandeiras despregadas com a efusiva gratificação do Ti Manel.
É a minha mais antiga recordação de futebol, o jogo que é objecto dedicado da minha adulação e veneração desde que me conheço.
Agora, depois de ter estado a sofrer de bico fechado, apetece-me no rescaldo do Euro 2004, dar umas notas de euro, armado em Prof. Martelo.

............500 euros...................


Ricardo Carvalho
Não só o melhor defesa do torneio, foi o melhor jogador de todos os que se exibiram ao mais alto nível (talvez dividindo os louros com Maniche “Machin”).
Aquela cara de menino tímido e sorridente esconde um autêntico “imperador”. O herdeiro espiritual de Benckenbauer, provavelmente o melhor defesa de todos os tempos.
Ricardo Carvalho alia um notável sentido posicional a uma capacidade de leitura do jogo e de antecipação, que faz dele o mais evoluído defesa-central da actualidade e um autêntico regalo para a vista de todos aqueles que como eu, apreciam as subtilezas e a importância do trabalho de jogadores normalmente discretos, como os defesas ou os trincos.
Brilhante e inesquecível, merecia que aquele remate contra a Grécia tivesse tido a sorte que no fim nos virou as costas. O Real Madrid tem um novo galáctico a caminho, mas desta vez é um defesa, e que bem precisa.

Adivinhem de quem é esta perna longa e tremendamente eficaz?




Comentários de Mourinho na TVI
Durante três semanas andou toda a gente a discutir o 4+3+3 ou o 4+4+2 como se fossem o Cruwyf. A enxurrada mediática, nas televisões com manadas de comentadores e os jornais desportivos com tiragens astronómicas, acabou por massificar a informação e o comentário “puro e duro”.
Eu que sempre fui um fanático das crónicas de Jorge Valdano e do Cruwyf em anteriores Mundias e Europeus, senti-me literalmente esmagado pela absurda mediocridade geral. Nos comentários do jogo Portugal-Espanha, José Mourinho, convidado da TVI deu um autêntico recital de análise e comentário de um jogo de futebol, e desmascarou a corja de “pseudo-especialistas” e de intrujas, regiamente pagos para dizerem o óbvio. Escutar Mourinho, foi o mesmo que estar sentado ao lado no banco daquele que é o melhor treinador do mundo. Percebemos todos que desenhar futebol não é tarefa para pedreiros, mas sim para grandes arquitectos. Recordo só a forma como Mourinho disse que se devia ventilar o resultado do Grécia-Rússia aos jogadores espanhóis, por forma a amansar a “fúria”. Indicação que pelos vistos o Jorge Andrade cumpriu. Pode ser apenas uma manha, mas revela que o futebol é muito mais do que as boçalidades do Gabriel Alves, do Paulo Catarro, que disseram coisas do género: “Os gregos não ganham aos franceses nem que a vaca tussa”, ou “É mais dificil a Grécia passar a primeira fase do que um camelo passar pelo burco da agulha.” Quanto a espécies bovinas e camelos estamos conversados, estas e outras fraudes foram finalmente desmascaradas.
Nota honrosa ainda para os comentários de António Tadeia e as suas crónicas no “Record” a mostrar porque é actualmente o melhor jornalista da especialidade em Portugal, e por fim, para um surpreendente Duarte Moral, que no “DN” deu 10-0 ao Público em matéria de versatilidade e crónica de futebol.
A velha “Bola” mostrou que está a precisar de fazer uma limpeza de balneário, encostando alguns monstros sagrados como Santos Neves ou Vitor Serpa a um papel meramente senatorial, abrindo as portas à renovação e a uma nova geração de comentadores e jornalistas.
Também no jornalismo há uma altura certa para pendurar as chuteiras. A da “gerontocracia” da Bola já chegou. Por fim o Paulo Sousa ... triste figura mediática para um dos melhores futebolistas da sua geração.

Ó Mister Mourinho, olha eu a dirigir a orquestra.




Luiz Filipe Scolari
O Felipão conquistou a selecção e um País. Humor, afectividade, emoção e o carisma para alimentar um sonho que todos julgavam impossível, até ao último minuto do Euro. O “seu” Scolari é de longe o melhor seleccionador que já tivemos desde o Otto Glória, e pode ter marcado uma viragem decisiva na mentalidade do futebol português, fez-nos a todos acreditar e mudou a trágica mentalidade comezinha das vitórias morais e das fatalidades. Perdemos o Europeu mas ganhámos um novo rumo para a história do futebol português.
Percebe-se porque é que o sr. Pinto da Costa teve de meter a viola no saco e andar caladinho que nem um rato.
A ver se é desta que o futebol português muda de mentalidades e de protagonistas. Eu acredito ... mas com moderação.

Se te portares bem dou-te a minha gravata, não vou precisar dela no sítio para onde vou!




República Checa
Foi claramente a melhor equipa do Euro 2004, e que grande pena a final não ter sido com esta orquestra de solistas, com o fantástico Nedved, o imparável Poborsky, o viperino Baros e o colossal Kholler a oferecerem-nos alguns dos melhores momentos de todo o Euro. Violinos afinados para uma sinfonia de movimentação de bola, pautada pela batuta de Nedved, o número 10 perfeito no transporte e na precisão dos passes. Futebol ofensivo, positivo e alegre que tombou aos pés do cinismo grego.
Se Portugal merecia vencer o Euro pela alma, pela entrega e pela capacidade de sofrimento, a República Checa merecia-o pela arte de jogar bom futebol.

-Olha aí o mau hálito ó Koller!
- Gedelhudo, danças um tango !




Público
Absolutamente fantástico, nada mais a dizer. De todas as nacionalidades, de todas as cores, uma festa estampada em todos os rostos. E por falar em rostos, vou já meter-me num avião para o Leste – as checas, as russas e as croatas foram de encher o olho e chorar por mais. Mulheres bonitas e crianças num estádio de futebol dão ao jogo um encanto irresistível. Se fosse sempre assim até eu ia ao futebol...

Vais para casa tão cedo?

A Dinamarca é muito longe?

- Chá, café ou laranjada ?
- Há dúvidas?


Dois bons motivos para emigrar. Ah que saudades do Euro...



(Amanhã – notas de 100 euros)

Saber sofrer, saber sorrir ...

Guggenheim processa Câmara Municipal do Fundão

O Museu Guggenheim de Bilbao apresentou hoje formalmente queixa contra a C.M.F. por plágio e usurpação de projecto. Segundo fontes daquele museu, aquela instituição conseguiu junto do tribunal embargar as obras de alteração do edificio camarario fundanense, não tendo no entanto conseguido evitar o inicio das mesmas. Indagado sobre toda esta questão, o executivo fundanense respondeu que continua a não ver mal nenhum em fazer um réplica do museu basco, projecto ambicioso integrado no projecto Fundão Capital do Turismo. A colocação das turbinas ocorreu na semana passada e esperava-se ter a obra concluida a tempo do inicio do Euro 2004, segundo fontes daquela câmara. Ficou tambem assim resolvido o mistério do desaparecimento de amplas zonas verdes da cidade que, ao que parece, seriam para fazer o famoso "cão verde" à porta da Câmara. O executivo camarario já recorreu da decisão de embargar a obra, tendo enviado uma proposta de emprego para o departamento juridico ao juiz da causa.

segunda-feira, julho 5

PORTUGAL - 0 GRÉCIA - 1

Existe um desporto que se chama Futebol. A origem da palavra é inglesa "foot-ball", ou seja, bola de pé. O desporto é jogado com uma bola, que é um objecto redondo e o objectivo é introduzir essa tal bola num rectangulo com redes que se chama baliza. Quem introduzir mais vezes a bola no rectangulo durante 90 minutos, sai vencedor da partida, ou seja, ganha. De tempos em tempos fazem-se competições, que são eventos onde se reunem várias equipas constituidas por onze jogadores cada. Chama-se competição pois as equipas competem umas com as outras tentando introduzir as tais bolas nos tais rectangulos umas das outras. No fim restam duas equipas e a regra repete-se, ficando só uma que se chama vencedor...os adeptos, pessoas que seguem as equipas, do vencedor fazem sua a vitória e demonstram efusivamente a sua alegria festejando, nomeadamente com buzinas, berros, cantigos e muito alcool. NÃO SE FESTEJAM DERROTAS! Não! Não estamos de parabéns, pois o objectivo é simplesmente ganhar e nada mais. Temos de acabar com a filosofia do "podia ser pior"...PORRA! Podia era ser melhor! Nem no desporto ficamos lixados de perder! Que raio de povo este o nosso! Depois não se queixem...a gasolina subiu 15% desde a liberalização..."podia ser pior, podia ter subido 16%"...as nossas reformas são as mais baixas da Europa..."podia ser pior, podiam ser mais baixas do que em África"...o Santana Lopes é o primeiro ministro..."podia ser pior, podia ser a Ferreira Leite"...Os gregos acompanham-nos na cauda da Europa, mas pelo menos no futebol mostraram que vieram para ganhar...se jogam mal ou não jogam, pouco lhes importa, eles leram as regras antes de virem e, quando chegaram á final não disseram "já foi bom, o objectivo foi cumprido". Pelo contrário! Ganharam e pronto...sem bandeiras nas janelas, sem lanchas, sem cavaleiros, sem merdas!

sábado, julho 3

Uma questão de democracia

Correndo o risco de ser acusado de provedoria pelos meus camaradas graniticos , não posso de deixar de expressar a minha opinião quanto a todo este ferro e fogo que assola o Granito. No já conhecido espirito fundanense, os camaradas graniticos cairam na tentação de focalizar questinculas, fazendo o jogo do adversário, comendo-lhe a raínha pondo o Rei em xeque-mate. O Granito não é, não deve ser, um espaço unidireccional, de opinião homogénea com filosofia de rebanho. Temos as nossas opiniões, expressamo-las, ASSINAMO-LAS...sem medos ou cobardias...Penso que foram gastos centímetros de teclas em respostas a quem o unico baptismo que teve foi o de Cobarde, quando há tanta matéria e miséria digna de ser discutida e desvendada...Dos sem-nome não reza a história, escondem-se no escuro, ladram e fogem, são frustrados que nem aquilo que dizem têm coragem de assumir, manchas sem qualquer importância que encontraram a felicidade orgásmica no nosso espaço..."aqui sou importante, aqui não sou lacaio, dou descanso à minha língua cheia de graxa...aqui deixam-me falar". A verdade é que tudo não passa de revolta, de revolta de quem gostaria de também ser livre de dizer o que pensa sem perder o precário emprego de 4 anos, a revolta de quem terá de voltar na 2ª feira a estar de cóqueras e rir...Enfim, perder todo este espaço com pessoas assim, é sermos intolerantes como eles são, é sermos ainda mais pequenos e tacanhos, é dizermos que o que dizem interessa...Devemos antes rigozijar-nos por até estas névoas de personalidade reconhecerem o nosso espaço como um espaço de liberdade e democracia!

sexta-feira, julho 2

Não!

Não me rendo, não me rendo,
A este país que não entendo.
Vivemos mal, vivemos mal,
Mas Portugal está na final.
Não interess(i)a, não interess(i)a,
Que ao menos ganhe a Grécia!!

quinta-feira, julho 1

Água Viva



"Mijem-lhe para cima!!", gritava o pai aflito apontando para o seu filho. O rapaz tinha acabado de ter um doloroso encontro com uma "Água Viva", um irritante animalzinho unicelular (vulgo alforreca) muito comum nas águas dos Açores, e cuja camada gelatinosa está coberta por uma substância tóxica que, ao contacto com a pele, provoca uma irritação cutânea extremamente dolorosa. Ora, diz a voz do povo açoriano que a urina é o melhor antídoto para as "picadas" de águas-vivas. Porquê não sei, nunca perguntei. E também nunca experimentei; preferi sempre ficar a ganir durante um bom par de horas a ter que pedir a alguém que me mijasse em cima.

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