domingo, setembro 25

Porque é que eles gritam tanto?

Nem sequer estão chateados! A letra é sobre uma miúda skater...
Ao som de uma daquelas músicas tipo Rap-New-Metal próprias para teenagers e "terrones" alternativos:
"O que eu gosto mais no Techno Minimal é o facto de não querer dizer nada."
Há coisas que dão espaço. Mas eu não...

O Hip-Hop tinha uma espécie de música de intervenção. É bom conhecer um pouco da história mas agora prefiramos interpretar o presente. Sei que existe muito mais a dizer sobre a cultura, mas parece-me que ela já não tem muito mais a dizer sobre as suas musas sociais. Os rappers americanos ou foram morrendo ou estão cheios de ouro na boca. Ainda só têm a força que têm porque os anos noventa permitiram aos detentores de copyrights de países desenvolvidos colonizarem toda uma ampla zona onde o mundo do espectáculo não tinha as mesmas proporções. Digam-me um gajo lá dos Clicks and Cuts, que tenha putas e carros optimizados para saltar. Ostracizados "my ass"!
Ouvi dizer que em França se faz muito e bom Hip-Hop. Na cidade onde cresci existe uma crew, Palácio Crew (in da haus!) porque se juntam ao pé do Palácio da Justiça. Fazem umas rimas, produzem um instrumental e fazem Rap. Ainda são muito novos e não têm tanta obrigação de questionar os meios por que se expressam, mas o mesmo não se pode dizer de muitas outras bandas e projectos. Não acho que os produtos devam permanecer estanques, muralhados por ideias regionais ou patrióticas, mas acredito que a apropriação deve ser feita com o mínimo de pertinência.
Compreendo e gosto quando um branco utiliza FUBU sabendo o que a sigla quer dizer.

HOUDOE! Com as Tintas Europa
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E UMA MUSA PARA O "GRANITO"
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