segunda-feira, abril 11
A ONU, a Comissão dos Direitos Humanos, o Darfur e o diabo a sete
O secretário-geral da ONU veio a terreiro alertar o Mundo para a crescente falta de credibilidade da Comissão dos Direitos Humanos da ONU (CDH). Já aqui há dias, neste blog, troquei umas palavras com o Pelejão sobre a situação humanitária do Darfur, no Sudão, por onde se arrastam meses e meses de inércia mundial perante um drama humanitário que só não é uma cópia do Ruanda porque não há tantas mortes infligidas por golpes de catana. É que, de resto, o diabo também por lá anda à solta.
Se é certo, como o Pelejão referiu, que nestas situações o mais fácil é culpar a hipocrisia dos EUA, também não é menos certo que desde o “Iraquegate” se instalou na comunidade mundial a sensação de que para agir, para derrotar tiranos, para libertar populações oprimidas, para auxiliar milhões de deslocalizados, enfim, para fazer valer os direitos humanos é preciso uma outra razão mais que não seja... defender os direitos humanos.
Apesar do secretário-geral não estar isento de culpas no que à credibilidade diz respeito, a sua atitude não deixa de ser desesperada e marca um momento assustadoramente real na história da instituição: a ONU tem vindo a deixar cair o véu de seda da paz para revelar a necrofagia que lhe corre no interior dos corredores como se fosse sangue nas veias. Alimenta-se de cadáveres, sejam eles africanos no Darfur ou bombistas e suas vítimas no Iraque.
Repito e volto a repetir: a CDH já há muito tempo que teve acesso a um relatório independente que dava conta, sem margens para dúvidas, das atrocidades cometidas no Darfur e do envolvimento do governo sudanês nos massacres. Até hoje não se adoptou qualquer resolução para condenar aquele país.
Como nota final, aqui ficam alguns dos países que actualmente são membros da CDH: Sudão, Zimbabwe, China, Rússia e Arábia Saudita. Tudo boa gente, portanto.
Se é certo, como o Pelejão referiu, que nestas situações o mais fácil é culpar a hipocrisia dos EUA, também não é menos certo que desde o “Iraquegate” se instalou na comunidade mundial a sensação de que para agir, para derrotar tiranos, para libertar populações oprimidas, para auxiliar milhões de deslocalizados, enfim, para fazer valer os direitos humanos é preciso uma outra razão mais que não seja... defender os direitos humanos.
Apesar do secretário-geral não estar isento de culpas no que à credibilidade diz respeito, a sua atitude não deixa de ser desesperada e marca um momento assustadoramente real na história da instituição: a ONU tem vindo a deixar cair o véu de seda da paz para revelar a necrofagia que lhe corre no interior dos corredores como se fosse sangue nas veias. Alimenta-se de cadáveres, sejam eles africanos no Darfur ou bombistas e suas vítimas no Iraque.
Repito e volto a repetir: a CDH já há muito tempo que teve acesso a um relatório independente que dava conta, sem margens para dúvidas, das atrocidades cometidas no Darfur e do envolvimento do governo sudanês nos massacres. Até hoje não se adoptou qualquer resolução para condenar aquele país.
Como nota final, aqui ficam alguns dos países que actualmente são membros da CDH: Sudão, Zimbabwe, China, Rússia e Arábia Saudita. Tudo boa gente, portanto.