sábado, abril 23

O mundo e belo... por isso vamos dançar para Ibiza!

Pois sim! Sim! E sim! Nova Emoção!
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Já andava mesmo farto das abordagens que vinham dos (assim chamados) vanguardistas da música electrónica de dança. Andam Villalobos, Jeff Samuel, Kalkbrenner a produzir temas pouco arriscados para o V. Belanciano fazer que tem gosto "sóbrio muitá frentex" para os leitores do Y, e andam os putos que o leiem a comer daquilo misturado com electro-techno, duro e pimbalhoco. Nada que aflija se não considerarmos que saiem das fábricas milhares de discos novos todos os dias. Nada de irritante se não pensarmos que esses tipos têm críticos mais informados todos os dias nas prateleiras da publicações da área... Nem ficaria chocado se não aparecessem cada vez que sai um LP, um EP, um single novo ou uma compilação de techno de Colónia. Phonix!
Em 98 ainda se compravam gravadores de quatro pistas analógicos e pouca gente em Portugal pensava em investir num digital que gravasse numa Zip de 100 megas. O Reason surgiu nessa altura e, convinhamos, que no eco de uma atitude conservadora de uma tradição muito relacionada com electrónica analógica ou com o downtempo da moda da altura. Pelas seguintes razões: os bancos de sons estava repletos de samples que simulavam sons acústicos; a aparência do programa imitava, com falgrante manhosice, racks cheios de sintetizadores, caixas de ritmos, samplers, processadores de efeitos, entre outras engenhocas dos tempos proto-digitais.
Esse programa convenceu alguns músicos renitentes às óbvias vantagens do computador. Mas estas máquinas não tinham só coisas boas. Apesar do razoável desempenho do software, rapidamente surgiram e foram detectados erros inesperados. Como todo o bom artista, o músico criativo soube tirar partido disso, e de repente tivemos novos sons. Mesmo novos! Glitch... Eis que chegou, então, o tempo da música pós-digital. Aquela que aproveita os falhanços da máquina que funciona por números. Noto, Kid606, DAT Politics são aguns daqueles que protagonizaram e ainda personificam os novos timbres.
Springintgut provou-me hoje que existe algo mais do que o assumir do erro. Existe o controlo do mesmo. Aquele domínio que acontece durante o processo. Ele toca cellos sintetizados pela máquina e não os equaliza, para que não pareçam acústicos. Apresenta guitarras com cordas de nylon tão plásticas e sintéticas que fazem sorrir o mais incauto dos ouvintes. Não interessa simular e é na fractura, na fenda, na zona de interacção de polaridades iguais que nos vamos deleitar de modo gozão e parvo ou consciente do porquê. Para quê? Acho que é para dançar...

Springintgut
(Posten 90)
Pingipung 04 (distribuído pela Kompakt)

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Comments:
Quem quiser ouvir um tema da editora de que falo, pode sacar em 1 ou 2 minutos (Banda Larga) um tema ao bom estilo Nova Emoção (romântica). Para oferecer à ex-namorada ou ao ex-namorado...

http://www.apackoflies.com/remixcontestwinners/winners.htm


Clique na remistura de Pingipung. As outras 2 também não soam nada mal...
 
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