sábado, março 26

Banksy



Ao nosso modo de vida vai passando despercebida a facilidade com que as nossas acções são condicionadas. Vai-se também esgueirando entre conversas interessantes a essência da liberdade de expressão. Talvez seja a livre circulação de ideias. Esse dado "adquirido", que nos mantém apáticos, precisamente por ser visto como algo que nunca nos vai escapar. Aqui pela nossa europa, nem vamos estando tão mal, mas para lá do Oceano Pacífico existem minorias de americanos insatisfeitos com tudo. Há lá jovens que andam de mal com a vida. Andam irritadíssimos. A passividade que tinha sido promessa de uma correcta integração na sociedade, não deu os frutos esperados. Então sacam da faquita e matam os colegas. Mas aqui as coisas são cor-de-rosa. Sabemos que a política externa dos E.U.A. não é exemplar, apercebemo-nos do...

nheee...

Saí do clube e esperei meia hora por um amigo que tinha saído antes de mim. Encostei-me á parede até ir lá dentro perguntar aos seguranças se estavam mesmo sozinhos. Entretanto tive tempo para ficar a dever um tangerina a uma professora a quem tinha dado uma seca de 10 minutos discursando livremente sobre o Banksy.
Depois vim dormir e foi aqui que a história ganhou real dimensão:
Foi a noite toda a viajar dentro de um comboio. Comigo vinham alguns amigos e a moça mais bela do mundo. Eram todos do Fundão.
Lembro-me de olhares banais, daqueles que escapam entre carruagens de metro, entre caras de metro. Nem todos estávamos sisudos, mas eu acho que não marquei um sorriso descontraído.
No metro ou comboio, parámos 6 ou 7 vezes para as pessoas irem beber água à casa de banho da estação. Numa dessas paragens a senhora saíu para se sentar num banco igual aos da estação do Entroncamento que é igual a todos os outros apeadeiros construídos durante a ditadura. Mas essa estação tinha prédios a servirem de fundo. Era um fim de tarde com nuvens de chuva muito carregadas com pequenas abertas por onde o sol iluminava em alto contraste o muro mais próximo. Reparei num stencil duma banana e de tipos em silhueta a jogarem basket. Mais atrás, semi-iluminado, vislumbrava-se uma parede de um edifício que não tinha janelas (devia ser um prédio á espera que construíssem outro ao lado) onde se erguia imponente uma pintura com mais de 15 metros de altura do MRPP.
Pop!

Ela despediu-se de um amigo com abraços e voltou ao comboio, passou pelo meu lugar e perguntou-me se faltava muito para chegar. Já não sei o que respondi ao certo, mas fiquei a saber que estuda direito porque entretanto desitiu de um curso mais específico que não tinha tantas saídas, direito cultural. Acho que lhe devo ter falado no Banksy e, sinceramente, não tive vontade de avançar para outros campos que por norma resultam bem em sonhos. Sei que saímos 3 ou 4 do comboio para passear por Barcelona ou coisa parecida. O cheiro a terra acabada de molhar refescou as carruagens a viagem toda.

NOTA:As 2 últimas imagens são tudo o que consegui encontrar que melhor expressa o aspecto do sonho, mas claro, ficam-lhe a dever cinestesia, um pouco da luz deste clima ibérico e sei lá como dizer tanto mais...

Comments:
Este correu mal... : (
 
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