terça-feira, fevereiro 22

Ressaca eleitoral

Já quase tudo foi dito e escrito sobre a noite eleitoral de 20 de Fevereiro.
As repercussões dos resultados, nomeadamente nas sucessões de Portas e Santana, ainda vão provocar um eco que se prevê muito ruidoso.
Por outro lado, as empresas de sondagens, que foram outro dos vencedores destas legislativas, vão ainda analisar à minúcia os dados e tentar perceber a transferência de votos, quem foram os “novos” votantes que reduziram as galopantes taxas de abstenção, qual a verdadeira expressão dos votos em branco, só para mencionar algumas das variáveis mais relevantes para perceber a fundo o cariz desta votação (penso que ela fará “jurisprudência politica”).
O PS, esperamos todos nós, deverá ter acordado com um friozinho na barriga: tem que governar um país próximo da cloaca social (basta relembrar estudos publicados recentemente), não vai beneficiar de qualquer estado de graça (a festa de vitória parecia uma morna celebração bairrista pela conquista do campeonato distrital de ténis de mesa), tem de constituir um governo credível e sem os suspeitos do costume (ninguém vai aceitar um requentado regresso da tralha guterrista, por muito “brasonados” que sejam no interior do aparelho partidário), é obrigado a controlar as contas do estado com carácter de urgência nacional e, acima de tudo, têm que começar a convencer os portugueses já, a partir de hoje.

Nota de Rodapé: apesar de ter sido a estação de televisão líder de audiências durante a noite eleitoral, custou-me a engolir aquele aparato todo da televisão pública no CCB. A RTP mudou-se recentemente para um estúdio enorme, totalmente apetrechado, caro, com condições para acompanhar qualquer evento... então, fez a emissão a partir do CCB?!!? O show-off foi algo confrangedor, sujeitaram-se a algumas fífias técnicas (nomeadamente no som dos directos), apresentaram alguns cenários verdadeiramente soporíferos e pouco dinâmicos, os pivots estavam naturalmente menos à vontade, e a estação pública perdeu ainda uma bela oportunidade para demonstrar todas as potencialidade do estúdio-mãe. A TVI nunca foi opção, por isso apreciei bastante o trabalho da SIC: dinâmico, objectivo, tecnicamente mais seguro (o que se reflectiu nos pivots). Merecia ter ganho nas audiências.

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