terça-feira, fevereiro 22
Capitalismo da palavra
Respira-se melhor em Portugal, adeus Santana, adeus Portas, um poema de despedida.
Com fúria e raiva
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo de palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs a sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor da água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
Sophia Mello Breyner
Com fúria e raiva
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo de palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs a sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor da água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
Sophia Mello Breyner
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Afinal havia ostras!
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