quinta-feira, outubro 28

O granito feito pelos seus leitores


Posted by Hello

Granito
Foi talhado para ser: belo, duro e útil.
Assim obra de pedreiros nobres.
Já o vi como pedra de altar ao gosto dos deuses.
Banco para todos, pobres e poetas.
Rude em caminhos de viajante, em colunas verticais, ou assento tumular.
Gosto dele puro e limpo lá no alto, nos montes.
Andou em pedaços pelo chão, comentado nos lamaçais.
Julgo que se fundiu para sempre, de onde virá dizer verdades a rir aos que nos mentem a sério!

Diamantino Gonçalves

Adepto de tudo o que é bom, a da raiva também!

Enviado por Diamantino Gonçalves em 26/10/2004


Teatro a história do golpe
"No Fundão está a formar-se uma nova companhia profissional de teatro. Aparentemente (para usar um advérbio tão ao jeito dos que gostam de falar e de especular sobre o que não conhecem), formado por uns tipos que "programaram" mal um golpe de estado no Teatro das Beiras. Estes senhores tiveram o descaramento de pôr em causa a ordem das coisas e do mundo e deixaram o Sr. Sena com as suas duas secretárias à beira de um ataque de nervos. Com este gesto, pôs-se em causa o teatro na região.
Força, Teatro das Beiras, a região precisa de ti, não era o que Sr. Fiuza dizia? É tão bom falarmos com paixão sobre a vida e os actos dos outros, principalmente se não dominamos os factos.
Mas o que se passa é o seguinte:
1. No Teatro das Beiras existe um Presidente da Direcção que põe e dispõe, manda e desmanda a seu belo-prazer, conforme a disposição diária. Não existe qualquer princípio, qualquer metodologia que possa ser considerada perceptível, coerente, logíca.
2. O Presidente centraliza a informação, pratica actos isolados na maioria dos casos com implicações no bom funcionamento da casa, num total desrespeito para com os seus colegas da Direcção. Direcção essa que ele dirá candidamente ser quem manda, quando confrontado com estas situações.
3. No Teatro das Beiras, a desmotivação das pessoas era tão profunda, tão profunda, que já nem esse nome tinha. Talvez ausência e conformismo. Ou funcionarismo público, se se preferir.
4. Este Presidente da Direcção não se interessa por teatro, não assiste a um único ensaio, não pratica um único acto de generosidade para com os actores, técnicos e outros criativos.
5. Este Presidente da Direcção usa, em prejuízo do funcionamento das actividades, os bens do Teatro em seu proveito próprio, alegando que os seus trinta anos de GICC lhe dão esse estatuto e esse direito. Pelo contrário, em relação aos outros, é de uma inflexibilidade e rigor que até faz doer.
6. Este Presidente da Direcção senta-se numa cadeira de 70 contos e faz-se servir de toda uma parafernália de equipamento informático, quando lá em baixo os actores, numa das cidades mais frias do país, ensaiam com frio e ainda não tiveram direito a água quente. (Sim, Sr. Fiuza, vá-se desmaquilhar para casa ou receba a água congelada no alto da pinha a que tem direito!)
7. Este é um Sr. que só fala das pessoas, dos seus erros e nunca, mas nunca é capaz de um agradecimento ou de um mero "parabéns", quando as coisas correm bem.
8. São actores com 10, 6, 4 anos de casa que disseram basta. "Basta" ao facto de associar-se à coisa que mais gostam de fazer, teatro, existir sempre um pesadelo, uma nuvem negra a pairar sobre as suas cabeças.
9. Não há alegria, boa-disposição naquele teatro. Não há generosidade para quem dá verdadeiramente o rosto do Teatro das Beiras nos palcos. Temos todos que viver as mesquinhices dos acontecimentos individuais e andar a falar mal uns dos outros, num clima irrespirável.
10. A gestão artística de um projecto para a região, quando falamos de orçamentos que rondam os 70 ou 80 mil contos é de um amadorismo atroz. O Teatro das Beiras não passa de um prestador de serviços, completamente ausente de um desenvolvimento sócio-cultural. O edício-sede, frio, sem vida, virado todo para dentro, de costas voltadas para a Travessa da Trapa, espelham bem o que ali se vive.
11. Nove pessoas disseram numa petição (em 21 de Julho de 2004) BASTA. Ou tu ou nós. Tão simples quanto isso. E por uma razão muito simples: porque estas pessoas não são tão ocas quanto aqueles que, não dominando os assuntos, escrevem na praça pública dislates tão grandes quanto os do Sr. Fiuza. ("Golpe de estado mal gerido...", por exemplo.)
Vá para o Teatro das Beiras, Sr. Fiuza. Submeta o seu carácter a uma provação de pelo menos 6 meses. Submeta-se ao regime do grande, do magífico Sena e depois regresse a este Blog para continuar a filosofar sobre esta arte e o que é ser actor.
Espinosa dizia: as pessoas que falem, que falem sobre tudo... mas façam-no um bocadinho mais devagar.
Quem fala em golpes de estado é quem emborcou na estratégia do Sr. Sena. Não há ninguém neste mundo que consiga arranjar um facto, uma testemunha que provem seja em que tribunal for, que houve uma tentativa de golpe de estado. Tratou-se de uma demissão em bloco que referia num documento de 10 pontos todas as razões desta ruptura. Quando se fala em golpe de estado deixa-se de poder comentar as razões primitivas e primárias que levaram 9 pessoas a prefeir o desemprego a continuar a pactuar com uma companhia gerida por um só homem que não tendo qualquer sensibilidade para o teatro, faz questão de nem sequer se preocupar com isso. Foi isto que o Sr. Sena conseguiu. Desviar as atenções.
Parabens, Fiuza. Foste mais um. Mas em prejuizo de "quem faz" o teatro. Ou se preferires, em favor de "quem faz" o teatro nos gabinetes, não nos palcos da região. Escreve este texto alguém que, ao contrário do actor Fiuza, viveu esta situação.

O Golpista do Teatro das Beiras Pedro Fino ex-tecnico do Teatro das Beiras "

Enviado por email por Pedro Fino em 26/10/2004


"Constituição da República Portuguesa, Artigo 199.º:
Compete ao Governo, no exercício de funções administrativas:(...)
f) Defender a legalidade democrática;
.... Donde se conclui que este governo é inconstitucional."

Enviado por email por Alipio Severo de Noronha em 28/10/2004



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Enviado por email por Alípio Severo de Noronha em 26/10/2004

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