sexta-feira, setembro 17

Esta Terra é nossa

Sexta-feira, Outubro 3
Urso Polar com vinho

O horário é o da Antártida, terra de ursos polares.
Aqui terra de ursos e de cabeços de pedra de urso, que baptizam vinhos, regemo-nos por calendários sem sol. O nosso relógio é das horas mortas. Passamos o tempo a dar tempo ao tempo. Na terra de um tempo só sensível pelo alastrar da sombra, é já tempo de pegar no granito e fazer dele pedra. Uma mão cheia de pedras e outra de coisa nenhuma. Uma mão cheia de pedras para atirar ao charco de águas paradas. O granito austero é a matéria sensível com que esculpiremos estátuas de ideias.
E sai um tinto jorrando pelos nossos copos. Ergamos o punho, iluminando a sombra com o brilho cálido do vinho. Ergamos as taças e brindemos. Um tinto, agora ou na hora da nossa morte. Amén !
posted by Rui Pelejão at 19:01



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"Quem atira a primeira pedra? "
Num tom um pouco bíblico arrancava assim o granito.
Faz precisamente no próximo dia 3 de Outubro um ano.
A partir daí foram atiradas 250 pedras.
Umas duras, outras moles, umas afiadas, outras desafiantes, umas a brincar, outras mais a sério.

Olhando para trás, parece que um ano foi há muito tempo.
Passei as últimas duas horas a revisitar o granito. A reler textos que me divertiram, que me empolgaram, que me indignaram, e mesmo alguns textos que me comoveram.

Textos de amigos meus e pessoas que me são queridas, sobretudo pelo seu espírito e por essa forma inquieta e apaixonada de ver o mundo, mesmo quando não o fazem por um telescópio igual ao meu, e não o olham da mesma nuvem que eu.





Aconselho a todos que agora tão prontamente crucuficam e apedrejam o granito, que façam este pequeno exercício retrospectivo.

Não é por vaidade, ou por soberba.
É o mínimo que se exige, um pouco de seriedade e sentido de justiça não imediata.
Parece que prevalece a injustiça sumária.
Todos sabemos que vivemos num tempo em que a realidade é aquela que é perceptível numa notícia de abertura de telejornal, e que no dia seguinte cai no esquecimento.
Sabemos que num blogue, o que conta é o que aparece no ecrã, e não o que está no arquivo, na memória.

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Vivemos num tempo em que a memória se arquiva com a pressa de quem precisa esquecer.




Eu não me esqueço

Eu não me esqueço da magnífica defesa da memória que o Ricardo foi fazendo, de forma subtil e empenhada, da paixão que o Ricardo nutre pela memória. Não por um saudosismo bafiento e esclerosado, mas sim pelo único exercício que cria laços e que perpetua afectos.
Bem haja Ricardo, por não te esqueceres. Por não viveres depressa demais para esquecer a memória.

Não me esqueço das pedradas do Vasco, da sua análise séria e empenhada sobre os males do mundo, das suas pedradas curtas mas incisivas. Mesmo discordando muitas vezes, não me esqueço da alegria que me dava chegar ao meu trabalho de merda, abrir o granito e ver um texto do Vasco Paulouro.

Não me esqueço do Malvado, da forma como entrou a “dominar” a bola, do tom elegante e humorístico com que refrescou o granito, que era por vezes sério e maçudo, ou como escrevia a rititi – as pilas estão zangadas.
Não me esqueço como definiu o Museu Gugenheim na CMF, ou de estar sempre na primeira linha de defesa do granito, usando a única arma que se pode ter para defender um espaço que é nosso, de uma liberdade que é nossa – ou seja, participando, escrevendo.

Não me esqueço da surpresa do Xano, que pegou na picareta lá na velha Albion, deixou arrefecer os scones e o chá, e mostrou-nos o mundo da janela dele. Contou-nos da Britcom, do The Office, recordou o cancioneiro de Alpedrinha e matou saudades.
E nós matamos saudades do Xano.

Não me esqueço do Bruno, borboleta apaixonada que aterrou com a Raquel na Beira Baixa, e que agora já sabe dizer correctamente Alcongosta.
Não me esqueço como abraçou o granito, da mesma forma romântica e dedicada como abraçou a beira baixa e as suas terras do xisto. Não me esqueço de como é ver neve a caír em Alcongosta através da janela do granito. De como é estar perto de um amigo, estando ao mesmo tempo tão longe. Para matar saudades. Não me esqueço de como luta todos os dias contra a risca ao meio do nosso país.

Não me esqueço do Krec, depois Percivale, depois Floriano Peixoto, mas sempre presente. Com os heterónimos a servir a sua escrita e a sua desdobragem entre o existencialismo amargo, e a vibrante alegria de quem gosta da sua terra, de quem rega as suas raízes.
Não me esqueço da sua coragem, porque é preciso coragem para expor a matéria negra e sensível, sendo presa fácil dos abutres medíocres.

Não me esqueço do Rui Martins, “exilado” na efervescente Barcelona, vivendo com entusiasmo todas as aventuras como se fossem a primeira. Sempre com seriedade e rigor, como o fez com o granito, a quem se ligou, como quem se liga a uma terra que já é sua. Esta terra é nossa e é tua Rui, porque não acaba nas fronteiras do concelho do Fundão. É a terra da liberdade, e essa não tem fronteiras. Não me esqueço como emprestou nova talha ao granito, como perdeu horas a redesenhar o layout. E não me esqueço que se preocupa, que participa.

Não me esqueço do Souto e da forma como me encheu a cabeça e de como rebolamos os dois numa deliciosa “polémica” literária.

Não me esqueço do Nuno e das participações benfiquistas (apenas duas), mas plenas de sentido e verdade ...

Não me esqueço da Raquel, e da flor que plantou no granito.

Não me esqueço deles todos, porque dos amigos não me esqueço.

Mas, também não me esqueço do Fiúza e do João da Concorrência, que mal conheço, mas que entraram no granito para participar num espaço de liberdade que nunca quis ser um condomínio fechado de amigos, entretidos em palmadinhas mútuas nas costas, ou em exibição para um auditório aclamativo.

O Fiúza e o João da Concorrência são os únicos “novograníticos”, e são-no de pleno direito, porque foram convidados para o ser.
Ambos participaram com energia e vontade, cada um ao seu estilo, um anárquico e truculento, o outro onírico e diletante.
Também não me esqueço da polémica que o Fiúza causou e da controvérsia que gerou, porque participou e se empenhou da forma que achava que devia, com que a consciência e a sua liberdade de opinião lhe ditavam.
Goste-se ou não, o Fiúza foi coerente e não enganou ninguém. Goste-se ou não, todo o ambiente desconfiado, conspirativo e provocador que se gerou em torno da sua participação é apenas consequência do seu inalianável direito de ter opinião, e pior, do clima atávico e provinciano que infelizmente se respira no Fundão.

Acho uma tremenda injustiça pensar que foi o Fiúza que matou o granito. Acho de uma injustiça ainda maior dizer que foi o João da Concorrência. Dificilmente alguém a quem os olhos brilham quando fala de participar no granito pode ser acusado de homicida. Tenho a certeza absoluta de que o Fiúza e o João abraçaram o granito de boa fé, isso para mim é documento suficiente.



A tentação para inventar bodes expiatórios é o rosto mais sombrio da intolerância.
A intolerância era a única coisa que o granito não podia tolerar, e pelos vistos tolerou.



Um ano e o meu centenário

Podem chamar-me filósofo, ou moralista, mas puxando pelos “galões”, fui eu que inventei o granito.
Fomos todos que o criámos.
Este é o meu centésimo post – num total de 250 posts, eu escrevi 100.
Eu também não me esqueço das horas que passei a escrever para o granito. Da alegria que me dá escrever para o granito, podem até achar que é por puro exibicionismo, mas não.
Para puro exibicionismo literário tenho o vodka 7, e esse não me dá tanto gozo como o granito.

Não preciso de um blogue para afirmação e insuflável de auto-estima. Não preciso de um blogue para pavonear a minha escrita e o estilo faustoso.
Preciso do granito para estar perto dessa terra que é minha, dessa terra que é nossa. Que não é o pequeno Fundão, que não é as tricas no Sopas, que não é Portugal do Santana Flopes, que não é mundo do Dabliú Bush.
Essa terra que é nossa chama-se terra da liberdade, e é uma terra onde os afectos e as cumplicidades não têm fronteiras.

O granito não foi feito para ter sucesso, para ter graça ou ser engraçadinho, para ser estimado, respeitado, falado, bajulado, insultado.
Não se fez para andar nos copos com os artistas, para ser capa das revistas.

Fez-se para matar saudades, para fazer uma cartografia de afinidades, para podermos vermo-nos todos os dias.

Por isso, é com disfarçada amargura que vou vendo os meus amigos partirem.
Que vou vendo a pedreira ficar deserta. Até posso compreender os motivos. Ninguém é obrigado a partilhar do meu entusiasmo, ou da minha “visão”.
Fala-se de espírito fundador com a leviandade de quem não tem memória.
Porque o granito não tem espírito fundador.
O granito funda-se todos os dias.

Foi sempre assim, sem programa, sem rumo, sem regras, sem espartilhos, sem edição, sem censura, sem bom gosto, e sobretudo sem gosto dominante.

Quem quer um blogue de bom gosto, faça um blogue solista, porque este é de orquestra, sem maestro, cacofónica, desafinada, mas de orquestra, e livre como deve ser.

Quem acredita que os limites da liberdade foram violados no granito é porque não acredita na liberdade.

A liberdade é incómoda, é virulenta, é insultuosa, é chata, não veste bem, não é de falinhas mansas, não ouve os mesmos discos que nós, nem os livros, nem os filmes, não pensa como nós, não tem o nosso bom gosto, nem se expressa da forma elevada como fazemos !
Pois não, e daí?

E depois a liberdade causa reacção e erupções cutâneas, erguem-se vozes, somos apedrejados, insultados por anónimos, somos escalpeados em praça pública.
Pois é, é esse o preço de ter liberdade de opinião e de a expor, publicando-a.
É fodido, por um post e ver um gajo a chamar-nos bajuladores, ou lambe cús.
Pois é. É fodido.

É fodido, mas é preferível do que termos um lençol de comentários a darem-nos palmadinhas nas costas, a darem um rebuçadinho, a ovacionarem-nos por aclamação. Conheço muitos blogues assim, os comentários mais parecem uma sessão de autógrafos.
Eu autógrafos não dou e insultos só respondo aos que me apetece.
Essa é a minha liberdade.

E se me apetecer andar à bengalada com o Pascal ou outros pistoleiros anónimos, qual é o problema.
Sim, qual é o problema. Tenho a maturidade suficiente para me envolver num “tiroteio” verbal sem querer fazer dele o vilão, e de mim o “good guy” só porque ele usa mascarilha e eu não.
A liberdade não é maniqueísta, não é feita de bons e maus.

Compreendo que algumas pessoas não apreciem comentários jocosos e insultos.
Há uma opção na colocação de posts que diz – não aceitar comentários.
É simples, é monólogo, mas é simples.

Não se pode é querer escrever um post e só ter comentários benfazejos, aclamativos, e bem educadinhos.
Quem escreve expõe-se e tem de estar disposto a assumir esse risco.
Ou então não, e amigos na mesma.
A partir do momento em que se abre a possibilidade de se fazerem comentários deve-se estar preparado para tudo. Isso é liberdade, é saber aceitar, é tolerar.

Podíamos até, em nome da netiqueta apagar alguns comentários mais selvagens
–e depois, com que critérios? do meu bom gosto, ou do teu, ou do dele?
Em nome de que valores, de que regras, de que autoridade.

Para muitos dos meus amigos e camaradas que se vão afastando desta pedreira-livre essa seria a forma de “salvar” o granito.
De evitar esta desertificação, este clima de trevas, desconfiança e rancor que se abateu sobre a pedreira.

Confesso que pensei nisso, e pensei em muito mais.
Fui eu que lançei a primeira pedra e seria eu que descerraria a lápide R.I.P. Granito.

Mas não o vou fazer, e não serei eu a eliminar comentários ou a “expulsar” membros de pleno direito em nome de um pseudo-espírito fundador.

Gostaria claro de os ter todos de volta, todos os dias;, dos fundadores aos “nouvelle vague”, gostaria de começar os meus dias cinzentos no jornal onde trabalho para ganhar a vida, abrindo com a claridade do granito, com o olhar límpido e duro do granito.

Gostava de abrir a janela do meu windows e ver a minha terra, a nossa terra.
De ver os meus amigos, de me pegar com o Vasco e andar de sabre em punho a esgrimir má poesia com o Souto, de falar do Benfica com o Tall, de discutir com o Rui Martins a companhia das Lezírias, de ver as entrevistas e as memórias do Ricardo, de me rebolar a rir com as crónicas do Malvado, de beber uma pinte com o Xano, de falar de poesia ou de cidades-luz com o Floriano Peixoto, de admirar o talento do João, de me adensar nas diatribes do Fiúza, de ver mais flores da Raquel e me indignar com os males do mundo com o Bruno.

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E também gostava de vez em quando de ver a janela aberta e estar lá o Paulo a cheirar jasmins, e o Tigana a escrever cinema, e mais a Sara, o Zé Pedro e a Sónia, a Mariana, o Espanhol e a Lena, e o Tripeiro e o Carneiro, e gostava de ver desenhos do Zina e do Pimenta e do Bentinho e fotografias do Diamantino, e do Danilo, e gostava de ver tantas coisas de pessoas que não conheço, mas que têm em comum com todas as outras, o único passaporte válido para o granito – o amor à liberdade e a Beira Baixa no coração.

É lamechas, eu sei.
É impossível, eu sei.

É impossível juntar tanta gente que se conhece, que se desconhece, que se encontra e se desencontra, que se gosta e que se despreza.
Pois é, parece que nesta terra de ódios, intolerâncias e invejas é impossível dizer “I have a dream”.

Mas por mais que fique aqui a pregar sózinho nesta pedreira-deserta, não serei eu a fechá-la.
Mesmo que os meus amigos partam, não serei eu a fechar a janela do granito.

Não serei eu a preferir o clube de amigos à liberdade.
Que morra o granito, mas que morra como nasceu.
Livre, plural e sem mordaças.

Eu não o calarei, eu não me calarei, porque o granito é aquilo que dele fizermos todos os dias, e não aquilo que cada um gostasse que ele fosse.

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Essa é a verdadeira liberdade, e só se exerce participando !


PS1: Para uma leitura mais digerível deste longo, mas sincero testamento, e melhor entendimento do que ele gostaria de dizer, recomendo que vejam um filme chamado “Esta Terra é nossa”, realizado por um senhor chamado Jean Renoir, fala da coragem que é preciso para amar a liberdade.
É um filme absolutamente indispensável.

PS2: Para uma memória viva, sugiro uma revisitação do arquivo do granito. Sugiro também que não nos levemos nós próprios tão a sério, que é uma óptima forma de não levarmos os outros tão a sério, especialmente aqueles que utilizaram os comentários do granito como forma de esvairem as suas frustrações. Se tiverem o mínimo de sentido de justiça e bom senso verão que ninguém usurpou o granito, nem sequer o tomou de assalto.
A não participação dos “fundadores” só a eles os vincula.

PS3: Obrigado Magritte por explicares tão bem aquilo que eu queria dizer...


Um abraço a “todos e mais alguns”


Comments:
Pelejão,

Parabéns pela atitude expressa neste texto. De facto, que cada um possa dizer “Esta terra é minha”. No entanto, é penoso ver um discurso tão essencial e universal ser proferido no âmbito de um blog. Por mim, prefiro continuar a gritar “esta terra é nossa” no mundo real, longe de um blog virtual, massificador e pornográfico, onde tudo se prostitui desde a Beleza até à Fealdade. Talvez seja por isso mesmo que o discurso de Charles Laughton nos seja tão tangível e nos provoque tantas lágrimas, precisamente porque é construído para um mundo real. Daí ser abusiva, exagerada e tendenciosa a tua referência ao filme. Se alguma pessoa me pedir ou vir esse filme, comentando-o como solução sebastianista para as tricas “graníticas”, mando-a logo à merda. Se, pelo contrário, sentir por parte de alguém a necessidade de um projecto universal de amor à liberdade e à coragem para a assumir, estarei aqui para colaborar. Para ver uma obra tão universal, como aquela que sugeres, também precisamos de coragem, de total liberdade, consciência e realidade.

Abraço, Tigana.
 
Pelejão,

Parabéns pela atitude expressa neste texto. De facto, que cada um possa dizer “Esta terra é minha”. No entanto, é penoso ver um discurso tão essencial e universal ser proferido no âmbito de um blog. Por mim, prefiro continuar a gritar “esta terra é nossa” no mundo real, longe de um blog virtual, massificador e pornográfico, onde tudo se prostitui desde a Beleza até à Fealdade. Talvez seja por isso mesmo que o discurso de Charles Laughton nos seja tão tangível e nos provoque tantas lágrimas, precisamente porque é construído para um mundo real. Daí ser abusiva, exagerada e tendenciosa a tua referência ao filme. Se alguma pessoa me pedir ou ver esse filme, comentando-o como solução sebastianista para as tricas “graníticas”, mando-a logo à merda. Se, pelo contrário, sentir por parte de alguém a necessidade de um projecto universal de amor à liberdade e à coragem para a assumir, estarei aqui para colaborar. Para ver uma obra tão universal, como aquela que sugeres, também precisamos de coragem, de total liberdade, consciência e realidade.

Abraço, Tigana.
 
Tiga

Tens toda a razão, a referência ao filme é obviamente abusiva quando aplicada ao granito, e nem sequer pretende ser um apelo sebastiânico, nem um projecto ético ou moral. Não penses que não tenho noções de escala, e sei que um blogue é apenas e tão somente um meio de comunicação, uma ferramenta, um utensílio, que em si nada significa. Mas também sei que um blogue pode perfeitamente reproduzir a pornografia, a fealdade da vida "real", como também pode reproduzir a beleza, a esperança e a luta. Não é o meio em si que é redutor, da mesma forma que a realidade não é redutora "per se".
Somos nós que nos reduzimos todos os dias ao vulgar, ao definitivo, ao cómodo. Somos nós que fazemos a realidade, por isso um blogue é um meio tão bom como outro qualquer para combater isso.
Agora é óbvio que não vale a pena sacramentalizar uma ferramenta, e dar-lhe um cunho espiritual que ela manifestamente não tem. Mas, a universalidade do filme do Renoir é precisamente essa, e essa pode ser tangível no nosso pequeno quotidiano, ou na forma como utilizamos uma ferramenta como esta, a universalidade da mensagem de Renoir fala fundo ao primordial da condição humana - coragem individual, a luta pela liberdade. E por essa vale a pena batermo-nos todos os dias à nossa ínfima escala, seja nos nossos trabalhos, nas nossas vidas, nos filmes que realizamos, nos poemas que escrevemos, nos quadros que pintamos, e à sua escala de pequena ferramenta - nos blogues que fazemos.
Trata-se apenas de trazer para as nossas vidas um pouco desse realismo "mágico" expresso no personagem do Charles Laughton, que é no fundo dar-nos a nós o melhor de nós mesmos. À pequena escala do granito era isso que eu gostava, que fosse um pequeno meio de descoberta e de invenção de cada um de nós.

Um abraço
 
(silêncio cúmpice)
 
(silêncio cúmplice)
 
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