segunda-feira, agosto 23

Ciau Portocallo

O domador de borboletas, embalado pelo som da flauta, conduziu as crianças para o precipicio.
Pelos tuneis cavados na rocha de calcario espalhava-se o reflexo tenue de Venus.
Do outro lado era o mar, e pelo mar voltariam a casa.

Abraços mediterranicos para todos

Comments:
beijos e saudades, ó bambino!
Eu não disse ?! Vens daí casado...
 
Uau! Dá-me um pouco da tua leve, delicada, fina escrita.
Andas feliz? É que se não, enganas-me quando queres.

O Floriano é o melhor "blogger" deste "blog".
 
BZZZZUMMMM...BZUUUUM.

Vespa daí! Vá, Vespa Daí!

Com os cumprimentos e muitos abraços para o menino Abelhãozinho. Sem esquecer o beijinho para a tua Flor.

Ba dos Zinhos.
 
Cheguei agora do Festival do Vento, de Castelo Novo, dum encontro de poetas ibéricos que me ficará para sempre na memória mais autêntica. Versos mágicos soprados pelo vento. Tenho pena de não ter ali estado o senhor Fernando Paulouro, certamente compreenderia a minha emoção.
Sabem porque não estavam lá os graníticos efectivos? Eu digo-vos porquê: porque se ouviu a voz da poesia, porque a chuva parou para o vento declamar, porque se ouviu a voz da cultura mais genuína, mais humana, mais pura, porque se viram os olhos das pessoas vibrarem, porque se viram as crianças sorrir rimando com a atmosfera, porque se ouviu a voz duma cultura ibérica e multidimensional, porque aquele pequeno local da lagariça se tornou universal pela poesia e pela participação daquelas pessoas. Onde estava o Nuno Miguel Henriques para aprender a declamar? Onde estavam os fiúzas e amigos da oposição? Onde estavam os professores e alunos de literatura do Fundão para aprenderam a ensinar e a amar poesia? Não podiam estar…O seu espírito alienado, ortodoxo e fechado não lhes permite aguentar tanta poesia. Não conseguem estar à altura nem do local nem do universal, são energúmenos sem memória e sem a mínima poesia ou humor, que só gostam de si próprios. Mas vendo bem, ainda bem que não estiveram lá, para não taparem a vista das pessoas nem para calarem a voz do vento.

Ass: Pascal
 
Errata: Onde se lê “onde estavam os professores e os alunos de literatura do Fundão para aprenderam” deve ler-se “onde estavam os professores e os alunos de literatura do Fundão para aprenderem”; onde se lê “audiências dispararam desde que senhor começou a escrever”, deve ler-se “audiências dispararam desde que o senhor começou a escrever”.

Julgamento. Juíza e Arguido Pascal.

Juíza: Porquê esses erros de português, o senhor não sabe escrever? Não sabe os tempos verbais? Não sabe que na sua frase deveria ter usado o artigo definido “o” antes de “senhor”?
Arguido: Sr.ª Dr.ª Juíza, não foi por mal. Distraí-me com o meu corpanzil. Andei na escola alguns anos, ensinaram-me a ler e a escrever, mas eu só queria brincadeira, está a perceber?
Juíza: Vá lá, não se faça de vítima, olhe que isso dá pena de prisão. Vamos lá despachar este processo, que tenho ali uma senhora acusada de aborto. Aqui entre nós, deixe-me cá falar baixinho, parece que já está grávida outra vez…ehehehheheh…direi sempre não à despenalização do aborto, gosto de sentir àquela volúpia de compaixão pela emprenhada que não pode abortar.
Arguido: A Sr.ª Dr.ª Juíza vai-me permitir, mas isso não burocratiza mais a justiça? A Sr.ª Dr.ª Juíza não tem mais trabalho?
Juíza: Silêncio. Isto já deve ter erros de português, para além de se tornar insípido. O que é que o senhor pretende fazer para se redimir dos seus erros?
Arguido: Olhe, para já, vou deixar o granito, este é o meu último comentário, ou melhor, haverá uma pausa prolongada, tipo Figo, mas posso voltar lá, está a compreender? Também vou tirar umas férias.
Juíza: Pois está muito bem, mas o que é que o senhor vai fazer para aprender a escrever?
Arguido: Vou pedir ao “melhor blogger do blog”, ao senhor Floriano Peixoto…os nomes também têm que se escrever bem?
Juíza: Os nomes sim, mas não os pseudónimos. Prossiga.
Arguido: Como estava a dizer e a escrever, vou pedir ao senhor Floriano Peixoto para me ensinar a escrever.
Juíza: Gosto da sua escrita airosa, é uma boa referência e será um bom professor. Muito bem, condeno o senhor a ler todos os textos do Floriano Peixoto e a fazer comentários aos mesmos. Deverá entregá-los de seis em seis meses ao seu advogado de defesa. Mas, por favor, não faça a vida negra ao Floriano Peixoto. A lei não brinca. Próximo!

Ass: Pascal
 
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