segunda-feira, junho 28

A Política do Perde-Ganha...

Não há como os portugueses para descobrirem vitórias morais ou, face ao desastre mais completo agarrarem-se ao acessório perdendo de vista o essencial.
Vem isto a propósito da estrondosa derrota do PSD nas últimas eleições europeias, em que o PS infligiu a maior derrota eleitral à direita de pois do 25 de Abril.
A causa deste resultado encontra-se nas desastrosas políticas deste governo. O desemprego não parou de subir ao longo dos últimos dois anos, tendo no último ano subido cinco vezes mais em Portugal que a média da União Europeia. A inflação não para de subir e o português vive cada vez com mais dificuldades. As reformas fiscais ficaram na gaveta e a classe média começa a desaparecer preocupantemante em Portugal. Os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. O governo aumentou em 100% as propinas, não para aumentar a qualidade das instituições mas sim para pagar contas corrente como os ordenados dos professores e outros funcionários. Os incentivos à investigação foram reduzidos drásticamente, bens esseciais dos cidadãos foram privatizados. Além disso Durão Barroso ligou irresponsávelmente Portugal à fotografia da guerra, mentindo no parlamento sobre a existência de armas de destruição massiça no Iraque. A tudo isto o povo manisfestou-se nas eleições europeias, podia ter dado um cartão amarelo decidiu-se pelo vermelho.
Em dois anos pior governação era impossível,este Primeiro-ministro foi um total desastre para país, mas quinze dias depois assume a presidência da Comissão Europeia. Durão perdeu o pais, mas ganhou europa. Que pobreza!
Abstenção e futebol
2-Depois de animadas discussões com amigos sobre o efeito de alienação do futebol, que eu não concordava e achava de um pseudo-intelectualismo completamente insuportável, pousei o pensamento por poucos minutos nos números da abstenção.
Os 60% de abstenção das últimas eleições são o epílogo de muitos outros actos eleitorais e referendos onde o fenómeno começou a germinar e a crescer. Esgotada a novidade do voto, o português tem a tendência para transferir a responsabilidade das suas próprias decisões para os outros. Não é assim que acontece todos os dias?
Ausentes da realidade, aí está uma coisa em que os portugueses se tornaram verdadeiros campeões. Se é assim nas eleições porque é que haveria de ser diferente com o futebol?

3 Ousar pensar eis a questão...
Extremamente perturbante o texto que P F escreveu aqui recentemente. Depois de o ler formulei algumas questões.
A tendência para a amnésia será uma fatalidade dos políticos, sobretudo quando chegam ao poder?
Quem confronta as palavras e os actos e os analisa na dicotomia do antes e do depois, da posição e do poder? depressa descobre como os comportamentos são volàteis e as palavras mudam de significado.
Quero eu dizer que quando o Sampaísmo (PS) armado de arrogância e autismo entrou em queda acelarada e Frexes conduziu o PSD para o poder
com um projecto, onde a política era algo mais do que estender a mão ao clientelismo e á promoção da mediocridade partidária.
A verdade, porém, é que a política vem confirmando a ideia que as diferênças entre os dois universos políticos determinantes (PSD e PS)são cada vez mais iguais na mera gestão de um clientelismo comandado a partir dos partidos.
Muda-se o Partido, mudam-se os construtores civis, mantém-se a mesma forma de fazer política. É pena.

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