sexta-feira, maio 28

Sem título

A ideia do inglês maluco despido a correr de braços hilariantemente abertos para abraçar a Letizia, (porque eles merecem que os tratemos pelos nomes), lançada em mais um parlatório lençolado por um distinto camarada pedreiro, fascinou-me, mas, uma questão:
-Onde esconderia este anarquista dos nossos tempos o cartucho de dinamite?
Em tempos que lá vão um anarquista daquele tempo tentou fazer o mesmo com um bisavô do "nosso" dito Juanito, mas sem tirar a roupa, antes com os cartuchos (daqueles redondinhos dos filmes de cowbois americanos, com rastilho e tudo), bem enroscadinhos num belíssimo ramalhete de rosas, subiu a uma varanda e atirou, em êxtase "terrorista", ou seja, com os olhos raiados em sangue e os dentes cerrados em alicate, a prenda aos noivos. Azar dos azares, o ramalhete logo caiu em cima de um eléctrico, igual aos nossos belíssimos 28, que o levou dali para fora. Rebentou o eléctrico e as 30 pessoas que estavam lá dentro.
Moral da história, (de barba branca e ritmo de avô que conta histórias de fadas aos netinhos): -Naquele tempo, a importância que se dava a este tipo de eventos permitia que trinta pessoas estivessem dentro de um eléctrico em movimento, completamente alheadas daquele arraial todo, em trânsito, no seu dia-a-dia, provavelmente de regresso de um duro dia de trabalho numa qualquer fundição de aço da periferia. Ou talvez não, provavelmente esta seria a forma encontrada pela Carris dos espanhóis para fazer mais uns trocados, a avaliar pelo preço das varandas..., mas, naquele tempo...
O que nos leva a outra questão, haverá direito, (e para isto conto com o parecer do nosso distintíssimo amigo Pedreiro das leis), haverá direito, repito, de alguém nos restringir as liberdades, a ponto de se cortarem avenidas, se fecharem ruas, se barrar a livre circulação no espaço público?
Quem é que lhes dá esse direito?
Dei graças por não ser espanhol em dia de tão desprezível acontecimento, mas depois recordei com mágoa que este país que nos une vai voltar a estar fechado em si próprio, ("violando" assim a mais elementar conquista europeia), recebendo para a futebolada do Verão apenas quem tiver cadastro limpo e boa aparência, (ou seja, não é terrorista nem hooligan).
Eu, por mim, nunca conheci nenhum terrorista, apesar de ter recebido aqui há tempos um mail de propaganda, (com certeza ainda do governo de Aznar), anti-terrorista, em que se perfilavam os bustos, numerados e tudo, de meia dúzia de etarras supostamente responsáveis pelo 11.2, (que muito teria gostado de colocar aqui, para que todos conhecessem as caras daqueles desgraçados, horrorosos, piolhentos, TERRORISTAS, mas ainda não percebi como se faz).
Assusta-me é o facto de o Terrorismo ser, hoje em dia, a desculpa ideal para tudo o que são atentados aos mais elementares direitos e liberdades de cada um, o tal clima de terror iminente instigado pelos USA para sustentar o negócio das guerras e das armas de que falava o mais recente laureado de Cannes, no seu registo anterior "Bowling for Columbine".
Quanto a mim e ao Euro, tudo bem, podem cortar as ruas que quiserem, podem obrigar-me a ver o Figo em todo o lado e podem até cortar as fronteiras para não deixarem entrar nenhum terrorista, porque aqui deixo o meu apelo aos camaradas pedreiros e a quem nos ouve, façamos nós, que já cá estamos dentro, os nossos próprios cartuchinhos de dinamite, (com cabeças de fósforo, como quando éramos miúdos!), e deitemos esta m**da toda pelos ares, já chega de ter o país certinho, sempre direitinho e engravatadinho a dizer que sim a tudo quanto nos impingem! Vá! fechem as fronteiras, devolvam-nos os contos de réis e desistam da Europa, já chega de aventuras e de mentiras! Mas antes disso, porque quem rouba assim não é gago, devolvam aos "operários" do CEF tudo o que lhes devem! Cambada de covardes! FILHOS DA PUTA !

PS.(Será que vamos ser banidos da Blogosfera?)

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