terça-feira, março 16

Conciliábulo apaziguador da esquerda


Velasquez, Los Borrachos ou a festa de Baco, Museu do Prado (Madrid)

Felizmente para o Mundo, a esquerda unida mundial, liderada pelo beatífico Dr. Carrilho tem uma solução global e derradeira para o flagelo do terrorismo. A coligação de boa-vontade liderada pelo Dr. Carrilho assinou hoje um documento com as linhas norteadoras da Nova Coligação Ocidental, chamada Paz e Boa Vontade, com o alto-patrocínio ecuménico de Sua Santidade o Papa.
O documento, assinado entre outros por, John Kerry, presidente dos EUA, Romano Prodi, primeiro-ministro de Itália, Ferro Rodrigues, primeiro-ministro de Portugal, Schroeder – chanceler da Alemanha, Dominique de Villiers, presidente de França e José Luís Zapatero – primeiro-ministro de Espanha, visa prosseguir a paz mundial e teve como grande ideólogo e impulsionador o genial filósofo político, Manuel Maria Carrilho, apontado como futuro Presidente da União Europeia.
Para a erradicação do terrorismo no mundo os signatários do documento propõem as seguintes medidas, fortemente inspiradas nos novos ventos de esquerda que sopram nas galerias do poder secular.

1º Retirada imediata e incondicional das tropas israelitas de todos os territórios árabes ocupados, voltando a definição territorial israelita ao formato anterior à Guerra dos 6 Dias. Imediata desocupação dos colonatos judaicos, redistribuídos pela Terra Prometida e pelas comunidades judaicas espalhadas pelo mundo. Acresce, a desmilitarização do Estado de Israel, cuja segurança passa a ser assegurada pelo novo Exército Democrático de Intervenção Rápida das Nações Unidas.

2º Retirada imediata e incondicional de todos os militares e empresas de exploração capitalista instalados no Mundo árabe, desmantelamento das bases militares americanas, e incremento substancial da ajuda ao desenvolvimento económico dos países árabes, através do novo Banco do Fomento da Paz Mundial, com programas com contrato-objectivo e reforço do apoio a países que prossigam reformas democráticas como o Irão, a Síria, a Líbia, o Iraque, a Arábia Saudita e a Jordânia.

3º Renegociação dos contratos de exploração petrolífera, devolvendo os direitos concessionários aos países árabes, sem indemnizações para as empresas capitalistas que exploram a riqueza alheia. O fornecimento de petróleo ao Ocidente passa a ser feito num contrato-programa entre a democrática e muito nobre OPEP e as Nações Unidas. Os países ocidentais comprometem-se a partilhar tecnologia, incluindo militar, num gesto de boa vontade para garantir equilíbrio bélico entre o ocidente e o mundo árabe.

4º Respeito pela cultura e integridade religiosa do mundo muçulmano e da soberania de todos os países árabes, incluindo a auto-regulação do direito internacional no Mundo Árabe. Os signatários do documento comprometem-se à não interferência em conflitos entre países muçulmanos, conflitos estes cuja resolução passa exclusivamente pela Liga Árabe, ou por outra entidade supra-nacional que os países árabes decidirem criar e que a Comunidade Internacional aceitará de bom grado como interlocutor.

5º O respeito integral da cultura muçulmana é extensível às comunidades árabes nos países ocidentais, que passarão imediatamente a usufruir do estatuto de dupla-nacionalidade e cujos países de origem passarão a merecer estatuto prioritário nas quotas aplicadas aos contigentes imigratórios. Os países signatários comprometem-se a respeitar e a promover a cultura e religião árabe, incluindo um novo clausulado no seu ordenamento jurídico que permita aceitar essa diferença, incluindo o direito à lapidação por adultério, o direito à poligamia, e criando um estatuto de excepção para as mulheres árabes com dupla-nacionalidade, que respeite as tradições muçulmanas no que concerne à condição feminina. Obviamente, que os símbolos religiosos e todas as manifestações culturais e religiosas dos muçulmanos passarão a gozar de liberdade total.


6º Num gesto de paz e boa-vontade, os signatários do presente documento estão disponíveis para assinar um armistício com todas as organizações terroristas árabes, comprometendo-se as mesmas ao desmantelamento e à entrega das armas. A Comunidade Internacional compromete-se, por seu turno, a não responsabilizar criminalmente os membros dos movimentos terroristas pelos seus actos durante a “Guerra contra o Terrorismo”, irresponsavelmente levada a cabo pelos anteriores senhores da Guerra, que aliás já foram indiciados para comparecer no Tribunal Penal Internacional, pelos seus crimes contra a humanidade.


Com estes seis mandamentos o mundo poderá finalmente respirar paz ... Amén !



PS: Alguém acredita que mesmo que este idílico e ficcional documento de apaziguamento fosse verdade, isso iria extinguir os focos de fundamentalismo e terrorismo árabe?

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