segunda-feira, novembro 10

Vote SMS!

Eu voto SMS!
O mais jovem partido do panorama político nacional!
SMS (esse serviço excepcional que dizem estar prestes a substituir a tão fastidiosa rumagem domingueira por alturas de São Jó às urnas de voto.) É verdade. Acabou-se a ida à terra por alturas dos feriados nacionalistas, o fatinho domingueiro de cheiro a naftalina com que se engana o odor do suor e do fumo de tabaco entranhado nos cubículos de escritório nos arranha-c(é)us da capital. Tudo para comodidade do cidadão, que já nem a Fátima terá que se deslocar, mandando um SMS com o pedido ao Redentor e pagando depois a promessa em voltas na sala, em redor da mesa de jantar.
Eu voto SMS! Porque ainda me lembro dos malditos tempos de referendos que lá vão, em que a chuva e a desinformação transformaram o país nesta bicéfalia prenha em que nunca se sabe quem é o pai, se o Guterrismo Interior ou o Barrosismo Ianque à deriva ao largo de Portugal à espera de atingir águas espanholas mas enxotado como se enxotam Prestiges pelo bem das Comunidades.
Eu voto SMS! Porque me sinto útil quando livro o país de todos os trovadores desafinados que nos estragam as estatísticas de país dos poetas. Será agora mais o país dos cantores, ou dos actores, a avaliar pela proliferação de pessoas que tentam à força ser o que não são. Sejam cantores, governo ou oposição.
Eu voto SMS! Porque quero fazer parte de alguma coisa, nem que seja do GCATC (Grupo de Cidadãos Arruinados pelas Tramas da Comunicação), ou do GAD (Grupo dos Apartidários Deprimidos), ou mesmo do GQAQEÉUS, (Gajos Que Acham Que Este País É Uma Seca), sem ter que dar a cara, nem sequer para dizer que votei, e mandar umas bocas ranhosas a quem me apetecer e assinar sob pseudónimo, com os nomes dos nossos queridos politiqueiros. AH! Sou todo Poderoso!
Falso.
No outro dia experimentei, enquanto me embriagava de estupidez e me encharcava de cerveja no meu simples quarto de estudante deslocado, aproveitar o facto de haver um desses rodapés carnívoro a rodar na minha frente ao mesmo tempo que meia dúzia de palhaços faziam o pino enquanto cantavam o "Soldado 31" em versão soft, e mandei, mandei mesmo! Foi só para experimentar por isso não assinei o meu nome, decidi abusar, para ver o que acontecia, escrevi uma coisa mais ou menos feia, mais ou menos sem mal nenhum, e assinei com um nome parecido com o de um político conhecido. Pois, para além de ter ficado o resto do programa colado ao ecrã sem ver a minha missiva aparecer no grande ecrã ainda me mandaram uma mensagem no final do programa a dizer o seguinte:

-Queres partir pedra?
-Faz um Blog oh palhaço!

... Já viram isto?

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