sexta-feira, outubro 3
Urso Polar com vinho
O horário é o da Antártida, terra de ursos polares.
Aqui terra de ursos e de cabeços de pedra de urso, que baptizam vinhos, regemo-nos por calendários sem sol. O nosso relógio é das horas mortas. Passamos o tempo a dar tempo ao tempo. Na terra de um tempo só sensível pelo alastrar da sombra, é já tempo de pegar no granito e fazer dele pedra. Uma mão cheia de pedras e outra de coisa nenhuma. Uma mão cheia de pedras para atirar ao charco de águas paradas. O granito austero é a matéria sensível com que esculpiremos estátuas de ideias.
E sai um tinto jorrando pelos nossos copos. Ergamos o punho, iluminando a sombra com o brilho cálido do vinho. Ergamos as taças e brindemos. Um tinto, agora ou na hora da nossa morte. Amén !
Aqui terra de ursos e de cabeços de pedra de urso, que baptizam vinhos, regemo-nos por calendários sem sol. O nosso relógio é das horas mortas. Passamos o tempo a dar tempo ao tempo. Na terra de um tempo só sensível pelo alastrar da sombra, é já tempo de pegar no granito e fazer dele pedra. Uma mão cheia de pedras e outra de coisa nenhuma. Uma mão cheia de pedras para atirar ao charco de águas paradas. O granito austero é a matéria sensível com que esculpiremos estátuas de ideias.
E sai um tinto jorrando pelos nossos copos. Ergamos o punho, iluminando a sombra com o brilho cálido do vinho. Ergamos as taças e brindemos. Um tinto, agora ou na hora da nossa morte. Amén !