quarta-feira, outubro 8
O casino encasinado
Parem as rotativas.
Finalmente o Casino do Fundão vai renascer das cinzas, qual Fénix da jogatana, aperaltar-se e finalmente ser um espaço ao serviço da comunidade (presume-se!). Aquilo que será sempre uma boa notícia, que corresponde a uma legítima e antiga aspiração do povo fundanense acaba por ser um caso, um caso de casino.
Tudo porque a edilidade local no seu "afã" obrista acaba por fechar um negócio, que é mais uma negociata de casino, do que um projecto mobilizador.
Nasce torta e dificilmente se endireitará a "nova vida" do Casino do Fundão.
Conforme explicava Fernando Paulouro no seu recente editorial do “Jornal do Fundão”, o protocolo que a Câmara Municipal do Fundão firmou com os “accionistas” do Casino, para a cedência daquele espaço nobre, lançado num estado de decrepitude e abandono criminoso pelos mesmos accionistas, é um caso de flagrante injustiça e de indignidade.
Um acordo leonino, a que o quinhão de leão cabe a esses senhores que servem o papel de ávaro de Moliere na perfeição. A Câmara Municipal, que neste caso representa os interesses da comunidade que não se esgota nas reuniões plenárias dos orgãos autárquicos, nem nos gabinetes visionários dos vareadores, acaba por assinar por todos um acordo que é lesivo dos interesses da comunidade por quem deve pugnar, e fortemente benfeitor para os bolsos de uns quantos canalhas sem escrúpulos.
Umas espécies parasitárias que são assim premiadas pela sua negligência, desleixe e compichagem.
Admito que a Câmara Municipal do Fundão e a comunidade, tenham todo o interesse em recuperar a memória viva do Casino, até como um sinal de esperança refundadora do Fundão. Acredito na bondade das intenções da autarquia e nos grandes projectos que a edilidade e os seus oráculos tenham para aquele espaço. Acredito nisso tudo.
Mas julgo que há preços que não se devem pagar. Há limites de decência que não se devem transgredir, mesmo quando está em causa o bem público, ou especialmente quando está em causa o bem público.
Colocando-se a jeito para as burlarias e chantagens de pequenos grupúsculos cadavéricos de interesses difusos e obscuros, a CM do Fundão abre um precedente e dá um sinal de fraqueza. Vai a jogo e dá-se à morte. Em política há preços que não se podem pagar, este é um deles.
V
Finalmente o Casino do Fundão vai renascer das cinzas, qual Fénix da jogatana, aperaltar-se e finalmente ser um espaço ao serviço da comunidade (presume-se!). Aquilo que será sempre uma boa notícia, que corresponde a uma legítima e antiga aspiração do povo fundanense acaba por ser um caso, um caso de casino.
Tudo porque a edilidade local no seu "afã" obrista acaba por fechar um negócio, que é mais uma negociata de casino, do que um projecto mobilizador.
Nasce torta e dificilmente se endireitará a "nova vida" do Casino do Fundão.
Conforme explicava Fernando Paulouro no seu recente editorial do “Jornal do Fundão”, o protocolo que a Câmara Municipal do Fundão firmou com os “accionistas” do Casino, para a cedência daquele espaço nobre, lançado num estado de decrepitude e abandono criminoso pelos mesmos accionistas, é um caso de flagrante injustiça e de indignidade.
Um acordo leonino, a que o quinhão de leão cabe a esses senhores que servem o papel de ávaro de Moliere na perfeição. A Câmara Municipal, que neste caso representa os interesses da comunidade que não se esgota nas reuniões plenárias dos orgãos autárquicos, nem nos gabinetes visionários dos vareadores, acaba por assinar por todos um acordo que é lesivo dos interesses da comunidade por quem deve pugnar, e fortemente benfeitor para os bolsos de uns quantos canalhas sem escrúpulos.
Umas espécies parasitárias que são assim premiadas pela sua negligência, desleixe e compichagem.
Admito que a Câmara Municipal do Fundão e a comunidade, tenham todo o interesse em recuperar a memória viva do Casino, até como um sinal de esperança refundadora do Fundão. Acredito na bondade das intenções da autarquia e nos grandes projectos que a edilidade e os seus oráculos tenham para aquele espaço. Acredito nisso tudo.
Mas julgo que há preços que não se devem pagar. Há limites de decência que não se devem transgredir, mesmo quando está em causa o bem público, ou especialmente quando está em causa o bem público.
Colocando-se a jeito para as burlarias e chantagens de pequenos grupúsculos cadavéricos de interesses difusos e obscuros, a CM do Fundão abre um precedente e dá um sinal de fraqueza. Vai a jogo e dá-se à morte. Em política há preços que não se podem pagar, este é um deles.
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