terça-feira, outubro 28
Inaugurações e assobiadelas
Como praticante de uma outra "religião", assumo aqui que o único motivo de prazer que me tocou na inauguração da paradoxal "nova catedral" da Coca Cola e da Sagres foi a estrondosa assobiadela com que os adeptos do Benfica assinalaram o discurso do primeiro-ministro. Não há memória de um governo tão impopular com apenas um ano e meio de mandato cumprido. E com justiça.
De resto, foi impressionante o nível a que chegou o costumeiro provincianismo pátrio. Por si só, as 11 horas de emissão contínua que uma televisão dedicou à inauguração de um estádio de futebol mostra a menoridade intelectual deste país.
Mas voltando ao tema da assobiadela, um amigo meu, que insiste em identificar o meu clube como o clube dos betos (seja lá isso o que for), perguntou-me, de forma provocatória, se eu tinha visto tal coisa na inauguração de outro estádio da segunda circular. É claro que não vi. E sabem porquê? Pois simplesmente porque nesse estádio dos "betos", mas que choca tão profundamente o gosto estético da burguesia cá do burgo, não houve discursos de político. Uma decisão de bom senso. E de bom gosto.
De resto, foi impressionante o nível a que chegou o costumeiro provincianismo pátrio. Por si só, as 11 horas de emissão contínua que uma televisão dedicou à inauguração de um estádio de futebol mostra a menoridade intelectual deste país.
Mas voltando ao tema da assobiadela, um amigo meu, que insiste em identificar o meu clube como o clube dos betos (seja lá isso o que for), perguntou-me, de forma provocatória, se eu tinha visto tal coisa na inauguração de outro estádio da segunda circular. É claro que não vi. E sabem porquê? Pois simplesmente porque nesse estádio dos "betos", mas que choca tão profundamente o gosto estético da burguesia cá do burgo, não houve discursos de político. Uma decisão de bom senso. E de bom gosto.