sexta-feira, outubro 1
A Arte do não dizer absolutamente nada
Obrigado sr. Bush! Fiquei a saber, e fique descansado que não me conseguirei esquecer tão brevemente, que no Afeganistão já estão inscritas mais de 10.000.000 de pessoas para votar! De facto, a Al-Qaeda atacou novamente...atacou o teleponto do sr. Bush introduzindo este facto relevantíssimo sobre o Afeganistão de cinco em cinco linhas...
Já o sr Kerry provou que a fábrica do Jim Henson (criador dos marretas) continua de boa saude e recomenda-se...o fantoche esteve excelente. Gostei particularmente da coerencia do "acho mal a campanha contra o terror do presidente Bush sem consultar os nossos aliados. Eu perseguirei os terroristas custe o custar e a quem custar"...ou seja, mostrou-nos aquilo que já sabiamos: "Eu não consigo encontrar uma puta de uma diferença entre mim e o presidente"...
Na verdade, este sistema americano de debates no qual as perguntas são dadas previamente aos candidatos só poderia descambar nisto...dois fantoches a ler o teleponto, seguindo escrupulosamente um "script" escrito por alguém que não eles e cujo conteudo desconhecem completamente...bem, sempre foi assim, mas este ano houve claramente um erro de casting...sigam o exemplo da Califórnia: daqui a 4 anos porque não apresentar Sylvester Stallone e Chuck Norris como candidatos? Seriam certamente mais expressivos...
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Nesse dia, do debate, cheguei a casa tarducho e esfomeado. Aqueci uma sopinha de feijão da minha Avó Piedade, liguei a têbê a ver se estava a dar algum filme com bolinha bermelha no canto, e eis que vejo o Rogeiro, o Camacho, o Crespo e o "correspondente" das américas, a fazer exercícios de aquecimento para o primeiro debate presidencial. Esfreguei as mãos e olari, the show is about to begine.
Passado meia hora de debate pensei com os meus feijões, venha o diabo e escolha. Se já sabíamos a peça de artilharia que o Bush era, o Kerry mostrou estar à altura rasteira do seu adversário. Como diz o Malvado um total vácuo ilumina as duas cabecinhas que lutam democraticamente para desgovernar o mundo.
Arrepiante a forma óbvia e simplória com que Kerry a propósito de qualquer assunto, metia no assunto os swing estates (os dos grunhos do middle america, a ver se ganhava uns votinhos decisivos. O titubeante e indeciso senador dizia por exemplo que "falei com uns estudantes do Ohio", a propósito de educação, ou os pais dos soldados do Minnesota a propósito da Guerra do Iraque. Ou seja, nas duas horas de debate, o geográfico presidente conseguiu enumerar quase todos os 20 estado que compõem o Middle States. É obra !
Ontem foi dia de debate de vice-presidentes, e o peso-pesado Dick Cheney e o pepsodente John Edwards foram um prolongamento do vazio dos seus presidentes. O mundo vai decididamente continuar a ser um lugar perigoso, independentemente de quem vença as próximas presidenciais nos EUA:
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Passado meia hora de debate pensei com os meus feijões, venha o diabo e escolha. Se já sabíamos a peça de artilharia que o Bush era, o Kerry mostrou estar à altura rasteira do seu adversário. Como diz o Malvado um total vácuo ilumina as duas cabecinhas que lutam democraticamente para desgovernar o mundo.
Arrepiante a forma óbvia e simplória com que Kerry a propósito de qualquer assunto, metia no assunto os swing estates (os dos grunhos do middle america, a ver se ganhava uns votinhos decisivos. O titubeante e indeciso senador dizia por exemplo que "falei com uns estudantes do Ohio", a propósito de educação, ou os pais dos soldados do Minnesota a propósito da Guerra do Iraque. Ou seja, nas duas horas de debate, o geográfico presidente conseguiu enumerar quase todos os 20 estado que compõem o Middle States. É obra !
Ontem foi dia de debate de vice-presidentes, e o peso-pesado Dick Cheney e o pepsodente John Edwards foram um prolongamento do vazio dos seus presidentes. O mundo vai decididamente continuar a ser um lugar perigoso, independentemente de quem vença as próximas presidenciais nos EUA:
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